Em portaria publicada na última sexta-feira (8), o Governo do Estado liberou as atividades realizadas em feiras e leilões de gado em Santa Catarina. A medida autoriza a presença de produtores e compradores nos eventos, desde que cumpram as recomendações para diminuir os riscos de contaminação com o Coronavírus. Desde 10 de abril, as feiras e leilões estavam sendo realizados de forma virtual, com visitação agendada aos lotes de animais e sem presença de público.
A nova portaria atende demanda da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc) e revoga a de abril (242) que regulamentava as feiras e os leilões virtuais. O documento mantém a preferência para a transmissão online, porém na impossibilidade deste formato, permite a modalidade presencial, respeitando a ocupação máxima de 30% do total do recinto e permitindo a participação apenas de pessoas previamente cadastradas e convidadas pela empresa leiloeira.
A nova portaria (288) mantém as exigências de uso obrigatório de máscaras por todos os envolvidos nos leilões e nas feiras e o distanciamento mínimo de um metro e meio. A visitação dos animais nos recintos de leilões também deverá ter agendamento prévio por lote, com controle de acessos para evitar aglomerações, além da disponibilização de álcool em gel 70% em locais estratégicos para higienização. Os estabelecimentos devem, ainda, fixar cartazes informativos com orientações sobre higiene das mãos, etiqueta respiratória e normas de precauções.
O documento também determina que no horário programado para recebimento ou carregamento dos bovinos só será permitida a presença do motorista do caminhão e de um proprietário ou responsável pelos animais. Os trabalhadores devem ser orientados a intensificar a higienização das mãos. No caso de locais fechados, os organizadores também devem manter todas as áreas ventiladas e desinfetar com álcool 70% maçanetas, mesas, corrimões, interruptores, banheiros e lavatórios.
De acordo com o vice-presidente de finanças da Faesc, Antônio Marcos Pagani de Souza, que coordena o programa de pecuária de corte, a presença dos compradores nos recintos é importante para os que preferem comercializar de forma presencial. O dirigente destaca que a medida deve atrair mais compradores às feiras e, consequentemente, beneficiar os produtores. “Quem puder realizar de forma virtual, vai continuar fazendo e quem prefere comprar apenas de forma presencial também vai poder participar, seguindo todas as regras determinadas pelos órgãos de saúde pública. Isso aumenta a possibilidade de venda”, ressalta Pagani.
O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, afirma que o setor da pecuária de corte soube inovar e se reinventar na crise. “A pandemia nos trouxe um formato novo para a realização dos nossos leilões, iniciativa que foi aprovada pelos produtores. Já foram realizados mais de 10 leilões virtuais, atendendo todas as exigências sanitárias estabelecidas pela saúde pública. O Estado tem agora duas alternativas que beneficiam a comercialização e atendem aos produtores”, avalia Pedrozo.