Verão aumenta chances de acidentes com animais peçonhentos: veja como se proteger/Foto: Foto José Felipe Batista e Mateus Serrer, Comunicação Butantan
Verão aumenta chances de acidentes com animais peçonhentos: veja como se proteger/Foto: Foto José Felipe Batista e Mateus Serrer, Comunicação Butantan

Verão aumenta chances de acidentes com animais peçonhentos: veja como se proteger

Com a chegada do verão, o aumento das temperaturas exige atenção em Santa Catarina

Animais peçonhentos que costumam permanecer escondidos em outras épocas aproveitam o clima mais quente para sair de seus abrigos, elevando a probabilidade de acidentes em trilhas, passeios e áreas urbanas.

“Como no verão é mais comum encontrar esses animais, geralmente recomendamos usar equipamentos de proteção em trilhas e atividades em ambientes de mata como, por exemplo, calçados fechados e perneiras, feitas excepcionalmente para evitar acidentes com serpentes”, indica o biólogo e professor do Centro de Pesquisa e Triagem de Animais Silvestres (CEPTAS) da UniSul, Rodrigo Ávila Mendonça.

De acordo com o Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina (CIATOX/SC), no estado, as aranhas que podem trazer riscos para a saúde humana pertencem aos gêneros Loxosceles (aranha-marrom) e Phoneutria (aranha-armadeira). As picadas podem causar dor e inchaço. Nos casos mais graves, podem gerar necrose, provocar convulsões e edema pulmonar. Crianças e idosos são mais vulneráveis, tendo mais sensibilidade ao veneno.

Em Santa Catarina, é comum encontrar espécies como cobras-d’água, caninanas, papa-pintos e papa-lesmas. Além disso, há jararacas e corais, que possuem veneno e demandam maior atenção. Rodrigo destaca que todas as espécies desempenham funções relevantes no equilíbrio ambiental, incluindo as cobras. “Por isso, não se deve matá-las ou feri-las. Além de ser crime ambiental, as serpentes auxiliam no controle de pragas, e o veneno delas é usado em tratamentos médicos”, pontua o professor.

Se um animal for localizado em uma área residencial, a orientação é acionar o Corpo de Bombeiros no 193 ou a polícia ambiental para removê-lo e levá-lo a um local apropriado. “No caso de picadas, é essencial manter a calma e buscar atendimento médico o mais rápido possível. Não é recomendado fazer torniquete ou amarrar o membro afetado. Além disso, não se deve cortar o machucado, muito menos colocar qualquer tipo de material sobre a ferida”, reforça o biólogo. A orientação é também entrar em contato com o CIATOX/SC pelo número 0800-643-5252. 

Dicas para prevenir acidentes

  • Usar botas: evita até 80% dos acidentes durante o corte de vegetação, por exemplo, pois as cobras picam do joelho para baixo. Porém, antes de calçá-las, verifique se não há aranhas, escorpiões ou outros animais peçonhentos na parte interna.
  • Proteger as mãos: não coloque as mãos em frestas, tocas, cupinzeiros, ocos de troncos etc. Use um pedaço de madeira para verificar se não há animais nesses locais.
  • Manter limpas as áreas externas: a maioria das cobras alimenta-se de roedores. Por isso, mantenha sempre limpos os terrenos e quintais, evitando atrair esses predadores.
  • Conservar o meio ambiente: os desmatamentos e queimadas, além de destruírem a natureza, provocam mudanças de hábitos dos animais, que se refugiam em celeiros ou mesmo dentro de casas. Evite matar os animais, pois eles contribuem para o equilíbrio ecológico.
  • Fonte: Moglia Comunicação Empresarial
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