Mais um final de ano com insegurança no agro
Mais um final de ano com insegurança no agro

Mais um final de ano com insegurança no agro

Quando citamos aqui que o agro vive e convive com inseguranças, é porque a realidade dos fatos comprova. São inúmeros os problemas em que setor agropecuário está sujeito. Às vezes sem controle, devido as ações da natureza; às vezes porque o mercado internacional provoca repercussão interna; às vezes porque os governantes internos não valorizam o setor e não se preocupam; e quase sempre, pela falta de sensibilidade da população com a cadeia produtiva, que começa lá no campo e termina na mesa dos consumidores, internos e externos. 

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Neste final de ano, começamos dezembro com problemas diversos. O mais grave, sem dúvida, está sendo a situação das enchentes no estado. Os prejuízos com as intempéries têm se avolumado a cada dia, e o que é pior, segundo os meteorologistas devem continuar até o primeiro trimestre do ano que vem.

O governo do estado já registrou prejuízos na agricultura de quase R$ 4 bilhões. O agravante é que o calendário agrícola tem tempo determinado. Mesmo que se queira replantar lavouras perdidas, pode não haver tempo hábil, e daí o prejuízo será irreversível. Diante da grave situação, são poucas as ações dos governos para ajudar o setor se reerguer. O atendimento tem sido mais nos meios urbanos que afeta maior volume de pessoas, e talvez na infraestrutura, que também são importantes, mas nunca devemos nos esquecer que a agropecuária é propulsora de diversas atividades econômicas, e se não for atendida, também repercutirá nas cidades e na mesa da população. 

Outros pontos negativos deste final e ano, são as ações do governo federal. O presidente da república, além de vetar o marco temporal das terras indígenas, jogando o problema para o parlamento decidir, e lá a briga é feia; agora resolveu vetar a desoneração da folha de pagamento. Para ficarmos apenas no setor de alimentos, os prejuízos para as agroindústrias passam de R$ 1 bilhão com essa canetada do presidente.

Ao invés de reduzir despesas públicas, enxugando a máquina e o desperdício e ser mais coerente nos seus programas sociais, está querendo fazer cortesia com o chapéu alheio, como se diz na gíria, o governo federal prefere reduzir incentivos de quem produz, garante emprego e gira a economia para arrecadar tributos. Uma medida populista, sem visão de futuro, e sistema de governança para agradar politicamente uma camada da população que lá na frente vai pagar a conta com desemprego e aumento do custo de vida. 

Infelizmente, estamos em maus lençóis. A esperança que resta é que os deputados e senadores mudem a rota dessa irresponsabilidade do executivo, e derrubem os vetos, tanto do marco temporal, como da desoneração da folha de pagtos. É bom que o nosso público rural fique de olho nos parlamentares, e se não forem consequentes com o que já decidiram, seguindo o sistema do STF que uma hora decide de um jeito, e depois muda suas decisões para agradar quem está no Poder. Se isso acontecer, será a vez de dar ao troco nas próximas eleições. Pense nisso.

Fonte: Fecoagro

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