Nutricionista explica como evitar a desidratação, a intoxicação alimentar e a insolação durante a estação mais quente do ano
O verão começou e sob a influência do fenômeno El Niño a expectativa é de que as temperaturas no Brasil se mantenham acima da média até abril de 2024.
Segundo a MetSul Meteorologia, a região Sul terá novos recordes, com dias e noites de muito calor no início do ano. A previsão reforça a necessidade de redobrar os cuidados com a saúde no verão.
A nutricionista Natália Ferreira de Paula, professora do curso de Nutrição do UniCuritiba – instituição que integra a Ânima Educação – alerta sobre os riscos da desidratação. A superexposição ao sol e a prática de exercícios físicos nos horários mais quentes do dia podem agravar a situação.
“No verão as pessoas devem priorizar alimentos leves e frescos, sucos naturais e muita água. A hidratação é fundamental e a alimentação deve ser equilibrada e rica em nutrientes. A melhor escolha são as verduras cruas e frutas in natura, de preferência orgânicas e agroecológicas, sempre bem higienizadas”, ensina a mestre em Alimentação e Nutrição.
Para funcionar bem, o organismo precisa estar hidratado e a dica é ter sempre à mão uma garrafa de água. Refrigerantes, bebidas industrializadas, refrescos em pó ou néctar de caixinha devem ser evitados. Quem quiser variar sem abrir mão de opções saudáveis deve recorrer à água aromatizada com frutas, ervas e especiarias ou água de coco.
Crianças e idosos são mais suscetíveis à desidratação e insolação, por isso, o cuidado é redobrado. Já os adeptos de atividade física precisam escolher horários com temperatura mais amena para os exercícios, como o início da manhã, fim de tarde ou noite.
Intoxicação alimentar
O calor excessivo é um dos responsáveis pelo aumento dos casos de intoxicação alimentar. Especialista em Gestão da Segurança de Alimentos, a professora Natália orienta: é aconselhável evitar o consumo de alimentos gordurosos e perecíveis em quiosques à beira-mar ou oferecidos por vendedores ambulantes na areia.
“Alguns alimentos estragam com facilidade quando são expostos ao calor. A alta temperatura facilita a multiplicação das bactérias e fungos. Quando estiver na praia, prefira água, picolé e água de coco. Procure levar, de casa, frutas e sanduíche natural em bolsas térmicas ou caixas de isopor com gelo. No verão, alimentos frescos e naturais são sempre os mais indicados, entretanto, é preciso cuidado para que não fiquem por muito tempo expostos à temperatura ambiente em dias quentes, pois podem se deteriorar e causar doenças”, recomenda a nutricionista.
Nos restaurantes, continua Natália, a dica é evitar alimentos mal cozidos ou que estejam expostos durante muito tempo nos buffets. Já os supermercados devem guardar os produtos perecíveis em refrigeradores e geladeiras.
Atenção deve ser dada para o consumo de peixe ou carne crua, como sushi, sashimi, ceviche, tartar e carne de onça. São preparações que precisam estar conservadas em buffets refrigerados para conservar a temperatura fria e, assim, possibilitar um consumo seguro.
Câncer de pele
O Paraná é o segundo estado com a maior incidência de câncer de pele, segundo dados do Ministério da Saúde. A previsão do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de que 704 mil novos casos da doença sejam registrados no triênio 2023-2025. A incidência é maior nas regiões Sul e Sudeste, que concentram 70% das notificações.
Por isso, além da hidratação, as pessoas devem utilizar protetor solar e itens como boné, chapéu, óculos de sol e guarda-sol. “Tão importante quanto se manter hidratado é evitar as queimaduras solares e a desidratação. O sol em excesso nos horários de pico envelhece as células e aumenta o risco de câncer de pele”, adverte a professora do UniCuritiba, doutora em Políticas Públicas.
Fonte: UniCuritiba