Na última quarta-feira (28), o Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST) promoveu, em sua página no Instagram, uma live sobre “Doação de Órgãos” alusiva ao “Setembro Verde”, mês dedicado a esse tema. Na oportunidade, o médico da Comissão Hospitalar de Transplantes do Hospital, Dr. Adriano Rieger, tirou dúvidas sobre quem pode ser doador, como funciona o protocolo para transplantes, lista de espera, o que fazer quando há o desejo de ser um doador e, ainda, sobre como atua a Comissão existente no HUST.
De acordo com a última atualização das estatísticas divulgadas pelo SC Transplantes, no Estado, até agosto de 2022, havia 1.145 pessoas na fila de espera para um transplante, enquanto que, no Brasil, esse número é de mais de 50 mil pessoas.
Dr. Adriano explica que pessoas vivas podem doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões. Enquanto que dos doadores com quadro de morte encefálica podem ser obtidos rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado, intestino, córneas, válvulas cardíacas, ossos, músculos, tendões e pele.
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— No caso de doadores vivos é avaliada a história clínica do doador e a compatibilidade. No caso de doadores não vivos é seguido um rígido protocolo para que se ateste a morte cerebral e, em caso de autorização da família e compatibilidade com pessoas que estão na fila de doação, é feita a captação.
Diante disso, o Dr. Adriano orienta que é primordial que as pessoas comuniquem seus familiares sobre o desejo de doar órgãos, pois é da família a decisão final.
— Hoje em dia não existe mais o registro de ser ou não doador na carteira de identidade. Exceto pessoas que já não tenham nenhum parente vivo para formalizar sua vontade, podendo manifestar essa decisão em um testamento vital, em todos os outros casos será respeitado o desejo da família, por isso conversem com seus familiares, falem sobre doar órgãos — afirmou o Doutor.
E, para promover o acolhimento, fazer o contato com as famílias dos pacientes em morte cerebral, bem como garantir que todo o processo de doação seja efetivado com sucesso, o Hospital mantém a Comissão de Transplante, que além do médico conta com enfermeira, psicóloga e outros profissionais da saúde.
— A perda de um ente querido é um momento de extrema dor. No entanto, a doação de órgãos pode salvar outras vidas e isso muitas vezes serve de consolo às famílias enlutadas. Ressaltamos ainda que o processo de doação é sigiloso a fim de que os pacientes não fiquem sabendo quem são seus doadores e vice-versa — ressaltou.
Por fim, o Dr. Adriano reforça:
— Só neste ano, em Santa Catarina, entraram na fila de espera por um órgão mais de 600 pessoas. Por isso a importância de tirarmos dúvidas sobre o assunto e disseminar a importância da doação de órgãos — finalizou.
Fonte: Assessoria da Imprensa Unoesc