Caspa piora no inverno, mito ou verdade?
Caspa piora no inverno, mito ou verdade?

Caspa piora no inverno, mito ou verdade?

À medida que o inverno avança, muitas pessoas notam um aumento nos sintomas da dermatite seborreica, mais comumente conhecida como caspa. Esta condição, que afeta o couro cabeludo e outras áreas oleosas do corpo, pode se tornar particularmente incômoda durante os meses mais frios. Mas será que o inverno realmente agrava a dermatite seborreica? A dermatologista especializada em tricologia, Dra. Hevelyn Mendes, explica causas, sintomas, e formas de prevenção e tratamento para entender melhor essa relação.

O impacto do inverno na dermatite seborreica

A dermatite seborreica é uma condição crônica inflamatória que afeta principalmente o couro cabeludo, mas também pode ocorrer em outras áreas ricas em glândulas sebáceas, como a face e a parte superior do tronco. Durante o inverno, várias mudanças ambientais e comportamentais contribuem para o agravamento dos sintomas:

Ar seco e baixas temperaturas: O ar frio e seco do inverno pode ressecar a pele e o couro cabeludo, exacerbando a descamação e a irritação. Além disso, ambientes internos aquecidos removem a umidade do ar, criando um ambiente ainda mais propício para o ressecamento da pele.

Banhos quentes: Embora sejam confortáveis, os banhos quentes frequentes podem remover os óleos naturais do couro cabeludo, aumentando a secura e a irritação. Este hábito comum durante o inverno pode, portanto, agravar os sintomas da dermatite seborreica.

Uso de chapéus e gorros: Chapéus e gorros, usados para proteger-se do frio, podem criar um ambiente quente e úmido ao redor do couro cabeludo. Isso pode promover o crescimento do fungo Malassezia, que está associado ao desenvolvimento da dermatite seborreica.

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Caspa piora no inverno, mito ou verdade?
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Sintomas agravados no inverno

Os sintomas da dermatite seborreica variam em intensidade, mas podem se tornar mais pronunciados durante os meses de inverno. Os principais sinais incluem:

  • Descamação: Flocos brancos ou amarelados no couro cabeludo, que podem cair sobre os ombros.
  • Vermelhidão e inflamação: Áreas afetadas podem apresentar vermelhidão e inflamação.
  • Coceira: Prurido intenso no couro cabeludo e em outras áreas afetadas.
  • Oleosidade: A pele pode parecer mais oleosa devido ao aumento compensatório na produção de sebo. 

Para gerenciar a dermatite seborreica durante o inverno, é importante adotar uma abordagem multifacetada que inclua mudanças na rotina de cuidados com a pele e o couro cabeludo:

  1. Hidratação adequada: Use shampoos e condicionadores hidratantes que contenham ingredientes como piritionato de zinco, cetoconazol, alcatrão, ou ácido salicílico. Máscaras capilares semanais também podem ajudar a manter a umidade.
  2.  Controle da temperatura da água: Evite banhos muito quentes. Optar por água morna ajuda a preservar os óleos naturais do couro cabeludo e da pele.
  3.  Lavagem regular: Lave o cabelo regularmente, mas sem exageros. Manter uma frequência de duas a três vezes por semana é geralmente suficiente para equilibrar a produção de sebo sem causar ressecamento excessivo.
  4.  Redução do estresse: O estresse é um fator conhecido que pode agravar a dermatite seborreica. Técnicas de gerenciamento de estresse também podem ser benéficas.
  5.  Consultas médicas regulares: Em casos mais severos, é essencial procurar orientação de um dermatologista. Tratamentos tópicos mais fortes, como corticosteróides ou antifúngicos, podem ser prescritos para controlar a inflamação e a descamação.

Além dos métodos tradicionais, novas abordagens no tratamento da dermatite seborreica estão sendo exploradas. O uso de probióticos, tanto tópicos quanto orais, tem mostrado potencial em equilibrar a microbiota da pele, reduzindo a inflamação. Estudos também indicam que a fototerapia, usando luz ultravioleta, pode ser eficaz no controle dos sintomas.

A medicina personalizada, que leva em consideração as características individuais de cada paciente, também está ganhando destaque. A análise genética pode ajudar a identificar predisposições específicas e orientar tratamentos mais eficazes e personalizados.

“A dermatite seborreica no inverno é uma realidade para muitas pessoas, mas com cuidados adequados e tratamento personalizado, é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Mantendo uma rotina de cuidados com o couro cabeludo adaptada para o clima frio e seco, podemos enfrentar o inverno com mais conforto e confiança.”. Conclui a Dra. Hevelyn Mendes.

Fonte: Dra. Hevelyn Mendes

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