Sociedade Catarinense de Reumatologia quer conscientizar a população sobre doenças importantes
Diferente do que popularmente as pessoas pensam, o reumatismo não é uma doença específica, mas sim com conjunto de mais de 120 tipos de enfermidades, que acometem principalmente o aparelho locomotor(ossos, articulações, cartilagens, músculos, tendões e ligamentos), mas também podem comprometer outros órgãos e sistemas, como a pele, olhos, pulmões e rins. Para fazer um alerta a essas doenças, a Sociedade Catarinense de Reumatologia (SCR) aposta em uma campanha de conscientização neste mês de outubro. Segundo a reumatologista e presidente da SCR, Dra. Juliane Aline Paupitz, mais do que informar sobre os sintomas das principais doenças, a instituição quer orientar as pessoas sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce e tornar essa especialidade cada vez mais popular e acessível, já que o avanço nessa área da medicina permite que as pessoas, mesmo com as doenças, vivam com qualidade.
O mês foi escolhido, pois reúne três datas que alertam e conscientizam sobre as doenças reumatológicas: 12 de outubro é marcado pelo Dia Mundial de Conscientização da Artrite Reumatoide; já o dia 20 de outubro é o Dia Mundial da Osteoporose; e, por fim, no dia 30 de outubro é o Dia Nacional da Luta Contra o Reumatismo. Entre as doenças mais populares, estão a artrite reumatoide, osteoporose, artrose, gota, lúpus, fibromialgia, doenças da coluna vertebral, tendinites e bursites.
Doenças reumatológicas podem acometer jovens e crianças
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não apenas idosos são acometidos pelos reumatismos, mas também adultos jovens e crianças. “O principal sintoma das doenças reumatológicas são as dores persistentes nas articulações. As pessoas precisam tomar consciência de que é importante ter um bom médico reumatologista que as acompanhe ao longo da vida, com avaliações regulares. Assim como acontece com o oftalmologista, o cardiologista, o ginecologista. Isso porque uma doença diagnosticada com antecedência e tratada logo pode permitir que o paciente viva bem: sem dores e sem sequelas nas articulações”, explica a presidente da SCR, Dra. Juliane Aline Paupitz.
Na maioria das vezes, antes de chegar ao reumatologista e conseguir diagnóstico e tratamento correto, boa parte dos pacientes passa por vários outros especialistas. Para a reumatologista e vice-presidente da SCR, Maria Amazile Ferreira Toscano, o maior problema está na falta de informação correta. “Com o avanço da internet e com a quantidade enorme de conteúdos disponíveis, na maioria das vezes, as fontes de informação não são confiáveis, ainda mais se falando da área da reumatologia. A internet torna-se um consultório, com diagnósticos e tratamentos equivocados. É importante que cada indivíduo esteja atento aos seus sinais e sintomas. No caso das articulações, quanto mais tempo se espera, maior poderá ser a incapacidade motora”, ressalta Amazile.
Artrite Reumatoide
A artrite reumatoide ocorre por uma desregulação do sistema imunológico, resultando em inflamação crônica nas articulações que leva à destruição dessas estruturas. Essa inflamação também pode ocorrer em outros locais do organismo, como nos olhos, nos pulmões, nos nervos periféricos e na pele. É importante estar atento para dores persistentes, em especial acompanhadas de inchaço, em pequenas juntas das mãos, punhos e pés, que são piores pela manhã e costumam aliviar ao longo do dia. Pode haver um quadro de sensação prolongada, por mais de uma hora, de rigidez matinal, quando as articulações ficam muito difíceis de movimentar. Cansaço e fadiga podem ocorrer simultaneamente ao quadro de dor nas articulações.
Osteoporose
A osteoporose é uma doença reumática que ocorre devido a uma baixa massa óssea e a uma alteração na qualidade do tecido ósseo, com aumento da fragilidade óssea e, consequentemente, aumento no risco de fraturas. Estima-se que cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com essa doença. Além disso, a cada ano, 2,4 milhões de fraturas ocorrem decorrentes do enfraquecimento dos ossos. A osteoporose costuma ser silenciosa e raramente apresenta sintomas antes de ocorrer uma fratura óssea em locais como coluna, fêmur, punho ou braço, chamando a atenção quando já está instalada e em estado avançado.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sociedade Catarinense de Reumatologia