19/05/2025
Saúde da Mulher
Saúde da mulher: 5 exames essenciais para todas as fases da vida

Saúde da mulher: 5 exames essenciais para todas as fases da vida

Apesar de serem mais preocupadas com a saúde, 40% das brasileiras não cumprem a recomendação de realizar atividades físicas, o que torna os exames preventivos ainda mais importantes. Especialistas listam os testes que não podem faltar no check-up feminino

O mês de março, em que é comemorado o Dia da Mulher e também o Março Lilás em prevenção ao câncer de colo de útero, chega ao fim e com ele o alerta para que elas cuidem da saúde. Dados do Programa Nacional de Saúde mostram que 82% das mulheres cuidam mais da saúde contra 69% dos homens. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, elas passam, em média, 25% mais tempo lidando com problemas de saúde do que eles. Ainda assim, muitas enfrentam dificuldades para manter uma rotina saudável. O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), feito ano passado, apontou que 40% das brasileiras de todas as faixas etárias e grupos socioeconômicos não atingem a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de realizar 150 minutos semanais de exercícios físicos intensos ou moderados. Uma das razões levantadas pelo estudo para o baixo engajamento em exercícios físicos é o pouco tempo de lazer disponível. A consequência disso é o aumento de peso corporal observado em mulheres que trabalham mais do que 40 horas semanais. 

“O acúmulo de tarefas, o estresse e as obrigações familiares podem tornar mais difícil a implementação de hábitos saudáveis, o que torna os exames preventivos ainda mais importantes para a identificação precoce de doenças e para o cuidado com a saúde da mulher em todas as fases da vida”, alerta a dra. Annelise Wengerkievicz Lopes, patologista clínica do Laboratório Santa Luzia, da Dasa. 

Assim, para garantir um cuidado contínuo e eficaz, especialistas recomendam cinco exames fundamentais para a saúde da mulher. 

1. Pesquisa de HPV de alto risco

O Papiloma Vírus Humano (HPV) é o vírus causador do câncer de colo de útero, o terceiro câncer mais incidente em mulheres no Brasil. Indicada para mulheres 25 a 60 anos, a pesquisa de HPV é realizada em uma coleta ginecológica e possui maior sensibilidade do que o exame tradicional, o Papanicolaou, permitindo detectar alterações celulares mais precocemente. 

O mês de março é conhecido como “Março Lilás”, um período de conscientização e mobilização nacional contra o câncer de colo do útero, uma doença que afeta milhares de mulheres no Brasil, todos os anos. Neste contexto, a vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) assume um papel essencial na prevenção. O imunizante é uma ferramenta eficaz para proteger contra os tipos mais comuns do vírus que causa o câncer de colo do útero, além de tumores no ânus, pênis, garganta e boca.  

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o HPV é responsável por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, tem sido observado um avanço na imunização contra esse vírus, com um aumento de mais de 42% na cobertura vacinal entre 2022 e 2023. Entre adolescentes de 14 anos, a imunização já alcançou um patamar expressivo, ultrapassando 96%.

2. Mamografia e ultrassonografia mamária 

Segundo a dra. Aline Guimarães, radiologista e especialista em exames de mama na Lâmina Medicina Diagnóstica, da Dasa, em São José, o rastreamento do câncer de mama é essencial, especialmente para mulheres acima dos 40 anos ou com histórico familiar da doença. A mamografia deve ser feita anualmente, enquanto a ultrassonografia mamária é recomendada para complementar a avaliação.

“A mamografia desempenha um papel importante na detecção precoce do câncer de mama, além de ser eficaz na identificação de outras alterações na região, como cistos, abscessos e fibroadenomas. Por isso, é recomendável que todas as mulheres façam desse exame parte de sua rotina de saúde, começando aos 40 anos caso não haja histórico da doença na família, e aos 35 ou 30 anos para aquelas com parentes próximos, como a mãe, que tenham a doença na história familiar”, detalha a dra. Aline. Cada caso deve ser individualizado pelo médico que acompanha a paciente.

3. Sorologias para doenças infecciosas

A Sífilis, o HIV e a Hepatite C são epidemias silenciosas, muitas vezes detectadas somente por exames de rotina, sem causarem sintomas. Se detectadas tardiamente, podem trazer consequências graves ao organismo e de tratamento mais difícil. Quando detectadas precocemente, além de facilitar o tratamento, também reduzem o risco de transmissão da doença a outras pessoas.

3. Avaliação da tireoide 

As alterações hormonais da tireoide são comuns e podem impactar diretamente a qualidade de vida das mulheres, causando sintomas como fadiga, ganho de peso, oscilações de humor e dificuldades para engravidar.

A dra. Annelise explica que a tireoide, glândula responsável pela produção dos hormônios tireoidianos, pode apresentar disfunções, como hipotireoidismo (produção insuficiente de hormônios) ou hipertireoidismo (produção excessiva). O hipotireoidismo tem maior prevalência em mulheres, especialmente depois dos 40 anos.

“Além de ser mais comum em mulheres e em pessoas com mais de 40 anos, algumas condições podem elevar o risco de doenças da tireoide. Entre elas, estão o histórico familiar, certas doenças autoimunes e o uso de medicamentos contendo iodo. O hipotireoidismo, por sua vez, pode se manifestar de maneira silenciosa, evoluindo de forma lenta e sutil, o que torna seus sintomas menos perceptíveis no cotidiano. Por essa razão, a medição do TSH deve integrar os exames de rotina das mulheres, especialmente daquelas que apresentam fatores de risco”, destaca a dra.

5. Check-up cardiovascular 

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres no Brasil, superando até mesmo o câncer, segundo dados do Ministério da Saúde. De acordo com a dra. Annelise, as mulheres apresentam fatores de risco específicos que aumentam a chance de desenvolver doenças cardíacas. Entre eles estão a menopausa, a queda hormonal e a presença de doenças autoimunes, assim como algumas complicações na gravidez que podem aumentar o risco de apresentar cardiopatias no futuro. Há também fatores comportamentais, como o uso de anticoncepcionais combinados com o tabagismo, que também pode ter impacto.

“O acompanhamento cardiológico é indicado para mulheres sem fatores de risco a partir dos 40 anos. Já aquelas com condições como diabetes, hipertensão, colesterol elevado, obesidade, tabagismo ou histórico familiar de doenças do coração devem consultar um especialista para determinar a periodicidade mais adequada dos exames”, explica a médica.

Além dos exames laboratoriais básicos, como colesterol e glicemia, a especialista destaca a importância da consulta com um cardiologista, para avaliação de risco cardiovascular e realização de exames conforme a recomendação médica.

Fonte: Assessoria de imprensa – Laboratório Santa Luzia

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