Em hipótese alguma deve ser deixado um cachorro dentro de um carro fechado/Pixabay
Em hipótese alguma deve ser deixado um cachorro dentro de um carro fechado/Pixabay

Veterinário dá dicas sobre cuidados com os animais de estimação no Verão

O caso da cadelinha Kyra, uma buldogue francês que foi deixada trancada dentro de um carro num estacionamento de Balneário Camboriú (SC), alerta para os riscos e cuidados necessários para lidar com os bichos de estimação no calor. Kyra precisou ser resgatada pela Polícia Militar depois que a comunidade percebeu a situação.  Apesar da condição grave, o animal foi libertado, recebeu tratamento médico e agora está se recuperando em uma clínica veterinária.

O professor do curso de Medicina Veterinária da UniAvan, Rodrigo Capitânio Goldoni, destaca que as altas temperaturas no Verão tornam-se ainda mais elevadas dentro de um carro fechado, podendo chegar a 70 graus em poucos minutos. “Por isso, em hipótese alguma, deve-se deixar um animal ou criança dentro de um carro, porque em pouco tempo pode ser fatal. Algumas raças de cães, como buldogues, devido a sua anatomia, têm uma dificuldade ainda maior para realizar a troca gasosa, tornando o risco muito maior”, explica. Rodrigo se refere ao número de glândulas sudoríparas na pele dos cães, que é muito menor do que o dos humanos, o que impede os animais de fazerem uma troca de calor eficaz por meio da transpiração. “Por isso, a regulação térmica é feita através da sua respiração, motivo este que explica porque às vezes o cão está ofegante mesmo quando parado”, complementa o médico-veterinário.

Quando deixamos um cão preso em um ambiente fechado, úmido e quente, seu organismo não é capaz de resfriar na mesma rapidez com que a temperatura sobe/Foto: Pixabay

Quando deixamos um cão preso em um ambiente fechado, úmido e quente, seu organismo não é capaz de resfriar na mesma rapidez com que a temperatura sobe. O fato de ele começar a ficar extremamente ofegante aumenta a umidade do local, saturando o ar com vapor de água, impossibilitando ainda mais a troca de calor. Com o aumento da temperatura corporal e a incapacidade de resfriamento, a taxa metabólica do animal também aumenta, intensificando sua desidratação e rapidamente levando a perda da consciência e morte.

O que fazer se testemunhar uma situação como essa?

Caso você encontre um animal nessa situação, o ideal é ligar para órgãos públicos e informar o ocorrido, além de gravar a situação com um celular para poder se resguardar.  No resgate do animal, é importantíssimo que ele seja levado rapidamente para um atendimento médico veterinário, onde o animal pode receber suporte de oxigênio e, dependendo do caso, até ser sedado ou intubado. “Entre os primeiros cuidados, o ideal é levar o animal para uma sombra ou um ambiente resfriado, utilizar panos molhados ou gelo para ir molhando e diminuindo a temperatura do corpo, colocando bolsas de gelo nas axilas e abdômen”, comenta o veterinário Rodrigo Capitânio Goldoni. Ele observa, no entanto, que é preciso ter um cuidado especial com o gelo em contato com a pele, porque pode machucá-la, e completa: “Deixe a boca do animal livre, crie espaço para que ele possa respirar, vá resfriando o corpo e leve imediatamente até uma clínica veterinária”.

Para viagens ou até mesmo um passeio durante o Verão, os cuidados devem ser os mesmos: evite horários quentes; deixe água livre e em abundância; evite ambientes pequenos e fechados; utilize ar condicionado no carro (principalmente em dias mais quentes); e tenha um cuidado ainda maior com raças de focinho achatado.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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