Pesando em torno de 19 Kg, o animal, da espécie Arctocephalus australis (lobo-marinho-sul-americano), voltou hoje ao seu habitat natural/Foto: OTO PMP-BS/Agência Petrobras
Pesando em torno de 19 Kg, o animal, da espécie Arctocephalus australis (lobo-marinho-sul-americano), voltou hoje ao seu habitat natural/Foto: OTO PMP-BS/Agência Petrobras

Projeto de Monitoramento de Praias, realiza soltura de lobo-marinho

O animal foi transportado de avião para Florianópolis, onde as condições marítimas são mais favoráveis para soltura

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), executado pela Petrobras, realizou hoje (17/03) a soltura de um lobo-marinho, em Florianópolis. Carinhosamente chamado de Zé pelos veterinários, o animal foi resgatado em agosto de 2020, em Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro. Após sete meses em reabilitação, foi transportado, semana passada, de avião do Rio de Janeiro para Santa Catarina, onde, nesta época do ano, há relatos de ocorrência da espécie e as correntes marinhas são mais favoráveis para soltura.

Uma viagem de avião pode ser estressante para um animal marinho e causar hipertermia, o animal chegou à Florianópolis na madrugada de sexta-feira (12/03)/Foto: Internet

A veterinária da R3 Animal, instituição executora do PMP-BS que recebeu o lobo-marinho em Santa Catarina, Daphne Goldberg, conta que o animal chegou à Florianópolis na madrugada de sexta-feira (12/03). Imediatamente foi levado para centro de reabilitação do PMP-BS, no Parque Estadual do Rio Vermelho, e passou por uma série de exames e análise clínica, para verificar se estava bem. “Uma viagem de avião pode ser estressante para um animal marinho e causar hipertermia”, afirma.

“Para realizarmos o transporte do Zé, tivemos um cuidado redobrado: montamos uma logística envolvendo o transporte rodoviário do CDR Araruama até o Rio, o acompanhamento veterinário no Aeroporto Santos Dumont no Rio, cuidados especiais realizados pela companhia aérea, bem como o desembarque no Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, e o encaminhamento até o Centro de Reabilitação desta cidade”, afirma o biólogo Paulo Roberto de Jesus, da empresa Econservation, responsável pela execução do PMP-BS no Estado do Rio de Janeiro.

Pesando em torno de 19 Kg, o animal, da espécie Arctocephalus australis (lobo-marinho-sul-americano), voltou hoje ao seu habitat natural. A soltura foi realizada nas imediações da Ilha do Xavier, que fica a aproximadamente 3,7 km da Praia Mole, em Florianópolis.

A visita de lobos-marinhos no litoral brasileiro é comum nos meses de inverno e, de acordo com os registros do Projeto de Monitoramento de Praias aumentou no último ano. Foram 202 lobos-marinhos encontrados, o que representa um aumento de 36% em comparação ao ano anterior. Em 2019 foram localizados, ao todo, 149 lobos-marinhos. São duas as espécies que visitam o Brasil com mais frequência: lobo-marinho sul-americano e lobo-marinho subantártico, ocorrendo principalmente no Sudeste e no Sul do país.

Tratamento

Encontrado com sinais de debilidade e desidratação, além de uma lesão severa no olho esquerdo, Zé esteve em tratamento no centro de reabilitação do PMP-BS em Araruama, no Rio de Janeiro. Passou por diversos tratamentos, incluindo uma cirurgia no olho esquerdo. Além disso, foram adotadas técnicas para evitar alterações no seu comportamento, para garantir que o animal sobreviva no oceano, se alimente espontaneamente, reconheça sinais de ameaça e tenha comportamentos antipredatórios.

Sobre os PMP

Estruturados e executados pela Petrobras para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, é o maior programa de monitoramento de praias do mundo. Atualmente, a Petrobras mantém quatro PMPs, que, juntos, atuam em 10 estados litorâneos, acompanhando mais de três mil quilômetros de praias em regiões onde a companhia atua. O PMP da Bacia de Santos é o mais recente da companhia, foi criado em 2015 e está presente no Sul e no Sudeste, desde Laguna/SC até Saquarema/RJ.

O monitoramento é fiscalizado pelo IBAMA e compreende o registro, resgate, necropsia, reabilitação e soltura de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, contribuindo para a gestão de políticas públicas para a conservação da biodiversidade marinha.

Fonte: Petrobras

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