“Pai, em tuas mãos entrego meu espírito” (Lc 23,46). Esse “entrego meu espírito” aconteceu de fato porque Jesus morreu, mas para o judeu, “entregar o espírito” não era simplesmente morrer, mas entregar-se totalmente, em tudo, até o extremo.
E foi isso que Jesus fez. Ele se entregou totalmente ao Pai, colocou o seu espírito nas mãos do Pai, em perfeita e total obediência. Ele não precisaria passar por tudo aquilo que passou, mas aceitou, para a nossa salvação.
Imagine isso, tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem. Desculpe a maneira de falar, parecia um bicho ferido, despedaçado. Foi assim que Jesus ficou. E Isaías foi muito claro, 760 anos antes de Jesus ele escreveu isso profeticamente. Foi o Espírito Santo que o inspirou, e com exatidão acabou dizendo aquilo que Jesus passaria.
Isso aconteceu com Jesus na noite que Ele passou na casa de Caifás, sendo esmurrado, batido. O Santo Sudário mostra que os romanos foram terríveis na sua flagelação. Eles não costumam flagelar tanto, mas com Jesus o fizeram. Acabaram com o corpo dele, de maneira que só aguentou porque era um homem forte.
Era uma chaga só, da cabeça até os pés. Veja, por causa dos nossos pecados, dos nossos crimes. Nós homens merecíamos isso, não Jesus. Para nossa redenção, para que nossos pecados fossem perdoados, para que as nossas loucuras fossem sanadas, o Pai permitiu que isso acontecesse. “O Senhor fez recair sobre Ele o pecado de todos nós” (Is 53,6b).
Muito obrigado, Jesus! O que o Senhor fez passar das medidas, e precisamos corresponder. Neste tempo ratificamos a nossa entrega. Tu és nosso Deus, Rei, Senhor, e somos totalmente e para sempre Teu. E que nada nos arraste para longe de ti! Que pecado, erro, desânimo nenhum venha nos tirar do nosso lugar.
Fonte: Canção Nova