A relação da alimentação saudável com a saúde é conhecida desde a Grécia antiga. É atribuída a Hipócrates, sábio e uma das figuras mais importantes da história da medicina, a frase: “Dos alimentos farás a tua medicina”.
Para o estudioso grego, nascido em 460 a.C., várias epidemias relacionavam-se com fatores climáticos, raciais, dietéticos e do meio onde as pessoas viviam e muitos dos seus comentários são válidos até hoje.
O “Dia Nacional da Saúde e da Nutrição”, comemorado em 31 de março, é uma data para conscientizar as pessoas sobre a importância da alimentação saudável para a saúde.
O hábito alimentar do brasileiro tem sido marcado pelo consumo excessivo de sódio, açúcar e gorduras saturadas, levando a um aumento do risco de doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão arterial, obesidade, diabetes e dislipidemias que, por sua vez, aumentam o risco do infarto e do derrame cerebral.
Consumir alimentos naturais como frutas, verduras, legumes, feijões e grãos integrais é uma ação fundamental para que a ingestão de sódio, açúcar e gorduras saturadas seja reduzido.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, por meio da Estratégia Global para a Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde, que os governos formulem e atualizem periodicamente as diretrizes nacionais sobre alimentação e nutrição, levando em conta mudanças nos hábitos alimentares e nas condições de saúde da população e o progresso no conhecimento científico. Essas diretrizes têm como propósito apoiar a educação alimentar e nutricional e subsidiar políticas e programas nacionais de alimentação e nutrição.
A prática da boa alimentação começa desde cedo, ao nascimento, com o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida. Após essa fase, a amamentação poderá ser feita de maneira complementar até os 2 anos. Em cada fase da vida (criança, adolescente, adulto ou idoso), o ser humano possui diferentes necessidades nutricionais.
Alimentação adequada e saudável é um direito humano básico que envolve a garantia ao acesso, permanente e regular, de forma socialmente justa, a uma prática alimentar adequada aos aspectos biológicos e sociais do indivíduo e que deve estar em acordo com as necessidades alimentares especiais; ser referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia; acessível do ponto de vista físico e financeiro; harmônica em quantidade e qualidade, atendendo aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer; e baseada em práticas produtivas adequadas e sustentáveis.
No escopo das ações do governo brasileiro para a promoção da saúde e da segurança alimentar e nutricional, o Ministério da Saúde publicou o Guia Alimentar para a População Brasileira – Promovendo a Alimentação Saudável, com as primeiras diretrizes alimentares oficiais para a nossa população.
O Guia se constituiu em um marco de referência para indivíduos e famílias, governos e profissionais de saúde sobre a promoção da alimentação adequada e saudável.
Respeitando a diversidade regional brasileira e os diferentes grupos populacionais, o Guia recomenda que o consumo de alimentos processados seja reduzido e que os produtos ultra processados sejam evitados. Sempre com informações claras, que ajudam a fazer as melhores escolhas alimentares.
Para uma boa nutrição é necessário ter uma dieta regular e equilibrada, buscando fornecer a quantidade e a variedade adequada de nutrientes para o organismo.
E para garantir mais saúde é essencial mudar o prato: menos alimentos industrializados e mais alimentos naturais!
– Evitar o consumo de alimentos ricos em calorias e industrializados, gordurosos e salgados;
– Aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes, cereais integrais e feijões;
– Beber bastante água;
– Reduzir ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o uso do cigarro;
– Fazer exames preventivos e consultar o médico periodicamente;
– Praticar exercícios físicos regulares, diariamente ou pelo menos três vezes por semana, após avaliação médica;
– Dormir pelo menos 8h num período de 24h.
Fonte: Ministério da Saúde