O reforço dos recursos para as obras das BRs 470 e 280, anunciado nesta quarta-feira (10), permitirá bom ritmo para as obras neste ano, na avaliação da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Contudo, o estado deve ficar vigilante para garantir a efetiva chegada dos recursos e garantir uma boa gestão, para que não ocorram mais paralisações nos trabalhos, alerta a entidade.
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Considerando que o valor previsto no Orçamento 2023 para a BR-470 foi R$ 111,6 milhões, o valor do reforço anunciado neste dia 10 de maio, de R$ 112 milhões, é de extrema importância, ainda mais com as informações do DNIT, de que serão utilizados principalmente para a conclusão dos Lotes 1 e 2 e desapropriações nos lotes 3 e 4, avalia a FIESC. “Levando em conta os restos a pagar, de R$ 55,4 milhões, e o total previsto no Orçamento, chegamos a R$ 279 milhões. Isso representa 90% do valor necessário para 2023, que seria de R$ 310 milhões, para concluir as obras no atual prazo contratual, conforme a Agenda Estratégica para Infraestrutura de Transporte e a Logística Catarinense 2023 da FIESC”, afirma o presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar.
No caso da BR-280, o valor previsto no orçamento era de R$ 48 milhões e o reforço anunciado é de R$ 224 milhões. Assim, estarão disponíveis R$ 272 milhões, o que corresponde a 72% do valor necessário para este ano na avaliação da FIESC, que seria de R$ 380 milhões, para concluir as obras no atual prazo contratual, conforme a Agenda.
“O desafio do DNIT agora é fazer uma boa gestão destes recursos. Importante ressaltar que parte dos valores da BR-470 será aplicada em desapropriações, o que representa a abertura de novas frentes de trabalho. Seria importante isso ocorrer também na BR-280. Santa Catarina precisa ficar vigilante para que estes recursos realmente cheguem, pois isso garantirá um efetivo avanço nas obras neste ano”, diz Aguiar.
Na avaliação da FIESC, é fundamental já estar atento à busca de recursos necessários para a continuidade dos trabalhos – sem paralisações em 2024, pois a desmobilização das obras tem graves impactos e leva tempo para ser revertida. “Por isso, a FIESC defende um pacto envolvendo o Executivo Federal, a bancada federal e as autoridades estaduais para assegurar a previsibilidade orçamentária de obras públicas, aliado a um plano de execução, para garantir que os recursos públicos sejam utilizados de maneira eficiente e eficaz”, finaliza o presidente da FIESC.
Fonte: Fiesc