Mais de 50 voluntários e 100 idosos de todo o Brasil – e até do exterior – fazem parte da rede solidária Escutatória de Idosos – Ouvidos Amigos, que celebra dois anos neste 25 de março com lindas histórias para contar. Lançado no início do isolamento, em 2020, o projeto segue firme em seu propósito de aplacar a solidão dos idosos por meio de conversas com os voluntários da rede.
“Para a maioria dos idosos, são inúmeras histórias vividas, vários ensinamentos e, na correria do dia a dia, pouca gente disposta a ouvir. Eles acabam vivendo no silêncio, pois não têm com quem conversar”, explica a jornalista Juliana Germann, de Florianópolis (SC), idealizadora da Escutatória de Idosos. “Por outro lado, existem inúmeras pessoas dispostas a doar algumas horas semanais do seu tempo para fazer o bem. E assim se forma essa grande rede solidária”, conta Juliana.
As conversas normalmente são realizadas por whatsapp, sendo que muitos preferem as chamadas em vídeo para ter uma interação maior. O serviço também é oferecido para asilos ou casas de repouso, com um tour em vídeo para falar com diferentes idosos durante as chamadas. “Cada idoso tem um voluntário designado para fazer a escutatória, sendo que os escutadores da rede passam por treinamento para entender como funciona o nosso serviço. E sempre fazemos o acompanhamento para saber como está o andamento das conversas no dia a dia”, comenta Denise Freire, coordenadora da rede.
O maior desafio é justamente a falta de idosos, já que a maioria não está nas redes sociais e, portanto, desconhece a existência do serviço. “Hoje em dia operamos com um volume muito menor do que poderia ser. A procura de voluntários é grande, mas dependemos de novos idosos para podermos ter mais escutadores. E, infelizmente, esse número cresce lentamente, pois os idosos não sabem que existimos. Por isso, toda divulgação é muito bem-vinda”, diz Juliana.
Segundo Denise, a expectativa é que a rede possa se expandir cada vez mais, pois é um modelo que deu certo e pode ser implementado em diferentes frentes. “Para quem faz parte da rede, muito mais do que uma simples conversa, são fortes laços de amor e amizade que se formam. Alguns voluntários, inclusive, já foram visitar os idosos em suas cidades”, explica. “A melhor idade não pode ser vivida no silêncio. Ao contar essas histórias, a existência deles não passou em branco. Alguém se importa! E já são dois anos de inúmeras conversas que tivemos o privilégio de promover. E que venham muitos outros”, espera Denise.
Informações: (48) 9 98441011 (Juliana Germann)
Fonte: Assessoria de Imprensa
Leia Também: Multipropriedades será tema discutido durante Encatho & Exprotel