Pinguins receberam cuidados no Centro de Reabilitação da R3 Animal e foram soltos na Praia do Moçambique, em Florianópolis
Pinguins receberam cuidados no Centro de Reabilitação da R3 Animal e foram soltos na Praia do Moçambique, em Florianópolis

Pinguins reabilitados em Florianópolis chegam ao litoral argentino após soltura

Cinco pinguins-de-Magalhães foram soltos com transmissores via satélite na Praia do Moçambique, em Florianópolis (SC), após serem resgatados e passarem por um processo de reabilitação na Associação R3 Animal, executora do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). O último boletim de monitoramento, de 17 de janeiro (36 dias após a soltura), confirma que todos os animais chegaram até o litoral argentino, onde estão suas colônias reprodutivas.

Atualmente, dois pinguins seguem emitindo sinais via rastreador, a cerca de 191 km da costa da Argentina. O boletim anterior, de 10 de janeiro (29 dias após a soltura), indicava que quatro pinguins estavam emitindo sinais: três na região do Rio da Prata, na fronteira entre o Uruguai e a Argentina, e um próximo a Pinamar, a cerca de 185 km da costa argentina.

Cinco pinguins foram equipados com transmissores, que são acoplados próximos à cauda e não interferem em seu nado, uma vez que não ultrapassa 5% do peso do animal
Cinco pinguins foram equipados com transmissores, que são acoplados próximos à cauda e não interferem em seu nado, uma vez que não ultrapassa 5% do peso do animal

A trajetória percorrida já soma mais de 1000 km em direção à Patagônia Argentina, onde os pinguins-de-Magalhães se reproduzem. O percurso realizado está dentro do previsto pelos especialistas. “Nós finalizamos o nosso trabalho na soltura, mas só sabemos se houve sucesso completo quando os pinguins chegam aos seus locais de origem”, analisa Cristiane Kolesnikovas, coordenadora do PMP-BS/R3 Animal.

Silvia Gastal, bióloga responsável pela instalação dos rastreadores e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), explica que esses pinguins são juvenis e é esperado que permaneçam no mar nesta época, em busca de alimento.

“Eles ainda não se reproduzem, então só saem da água para fazer a troca de penas, que acontece entre fevereiro e abril”, pontua Silvia. Com a troca de plumagem, os dispositivos naturalmente vão se desprender dos animais. Cada rastreador contém um número de telefone para viabilizar sua localização e recolhimento.

A instalação dos transmissores é conduzida pelo Projeto de Monitoramento de Pinguins-de-Magalhães por Telemetria Satelital (PMPTS), uma condicionante ambiental que atende às exigências do IBAMA. O objetivo é investigar o comportamento migratório desses animais, gerando informações para embasar ações de conservação da espécie.

Rota real percorrida por cinco pinguins equipados com rastreadores desde que foram soltos, no dia 12 de dezembro, em Florianópolis; todos atingiram águas argentinas
Rota real percorrida por cinco pinguins equipados com rastreadores desde que foram soltos, no dia 12 de dezembro, em Florianópolis; todos atingiram águas argentinas

Aventura migratória dos pinguins

Todos os anos, durante o outono e inverno do Hemisfério Sul, os pinguins-de-Magalhães deixam suas colônias reprodutivas na Patagônia Argentina e seguem em direção a águas mais quentes, onde há maior abundância de alimentos. Entre maio e outubro, eles acabam atingindo o litoral brasileiro, especialmente as regiões Sul e Sudeste.

Durante este deslocamento, é comum que indivíduos mais jovens se percam do bando, devido à inexperiência, e encalhem nas praias exaustos, afogados e desnutridos. Além disso, ações humanas agravam a situação, como poluição marinha e interação com atividades humanas, como a pesca.

Em Florianópolis, 2710 pinguins foram registrados durante a temporada de 2024, sendo que apenas 5% estavam com vida no momento do resgate. A maioria desses animais já encalham mortos na praia ou debilitados e não resistem.

A Associação R3 Animal, por meio do PMP-BS, reabilitou e devolveu ao mar 72 pinguins no ano passado. Quando a época dos meses frios chegar em 2025, a ocorrências dessas espécies aumenta e novos resgates provavelmente vão acontecer.  

– A realização do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, para as atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos.

– A instalação dos transmissores é realizada pelo Projeto de Monitoramento de Pinguins-de-Magalhães por Telemetria Satelital (PMPTS), uma exigência estabelecida no âmbito de um processo de licenciamento ambiental conduzido pelo IBAMA. O PMPTS é fruto de um convênio entre a Perenco e a Universidade Federal do Rio Grande (FURG), com apoio da BMP Ambiental e colaboração da Petrobras.

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Fonte: Assessoria de Imprensa R3 Animal

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