Nos últimos dois anos, o Estado investiu R$ 465 milhões em BRs
O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, considera uma decisão justa a derrubada do veto presidencial ao artigo 181 da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO 22), que prevê o abatimento da dívida dos estados com o Tesouro Nacional do montante utilizado na execução de obras de responsabilidade da União. A lei (número 14.436) foi aprovada pelo Congresso em 09 de agosto passado, mas tinha sido vetada pelo presidente Jair Bolsonaro. Na última quinta (22), o veto foi derrubado nas duas casas legislativas – na Câmara Federal, 391 deputados votaram pela derrubada do veto e 25, pela manutenção; no Senado, foram 64 votos pela derrubada e dois pela manutenção.
Aguiar salientou a elevada adesão da bancada catarinense pela tese da derrubada do veto, que foi defendida no início da semana pelo Conselho das Federações Empresariais, em ofício enviado aos parlamentares que representam Santa Catarina. Entre os 16 deputados federais, 12 votaram pela derrubada do veto, dois pela sua manutenção e outros dois estavam ausentes da sessão. Já no Senado, os três senadores catarinenses optaram pela compensação dos investimentos nas obras federais.
“Tivemos um exemplo recente em Santa Catarina. Nos últimos dois anos, o governo de Santa Catarina investiu R$ 465 milhões em obras nas BRs 470, 280, 285, 163 e 282, evitando sua interrupção por falta de recursos federais, o que agravaria ainda mais a péssima qualidade de nossa malha viária; é justo, portanto, que o estado seja compensado com o abatimento desse valor em sua dívida com a União”, argumenta o presidente da FIESC. “Essa compensação é necessária para o pacto federativo e fundamental para que no futuro o estado possa realizar mais investimentos”, enfatiza Aguiar.
A FIESC apoiou os investimentos estaduais na malha federal desde o início do debate sobre a iniciativa, mas sempre defendeu que o estado deveria ser compensado. Nos últimos dias, além de contar com o apoio do COFEM, articulou com federações industriais de outros estados a mobilização para derrubar o veto.
Fonte: Assessoria de Imprensa FIESC