Adolescentes socioeducandos de SC participam do projeto Caminhos Literários, do CNJ
Adolescentes socioeducandos de SC participam do projeto Caminhos Literários, do CNJ

Adolescentes socioeducandos de SC participam do projeto Caminhos Literários, do CNJ

Atividades culturais ocorreram em Curitibanos e Capital 

A terceira edição do projeto Caminhos Literários no Socioeducativo, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), trouxe uma novidade neste ano. A programação especial promoveu ações em unidades socioeducativas de todo o país. Em Santa Catarina, três tiveram atividades culturais – uma delas, aliás, no Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório de Curitibanos. Na unidade da Serra, os jovens homenagearam Nêgo Bispo, escritor, pensador, professor e ativista social, considerado um dos maiores intelectuais quilombolas do país.

14 Adolescentes participam do projeto

Os 14 socioeducandos compuseram e apresentaram uma música sobre a história de vida do Nêgo Bispo, que morreu em 2023, aos 63 anos, no Piauí. O pensador escreveu artigos e livros sobre a história de resistência do povo negro e elaborou o conceito de contracolonialismo. Ele também integrou o projeto Caminhos Literários no Socioeducativo. Este, inclusive, foi um dos pontos levantados pelos organizadores da ação para escolha da programação local e para subsidiar os participantes compositores.

dolescentes socioeducandos de SC participam do projeto Caminhos Literários, do CNJ
Adolescentes socioeducandos de SC participam do projeto Caminhos Literários, do CNJ

A coordenadora do Case de Curitibanos, Débora Aparecida Mendes dos Santos, explica que diversas pessoas se envolveram nas atividades. A composição da obra, explica, ocorreu sob orientação do professor Vladimir Araújo e da bolsista Camila Shimitt, da UFSC, que tem um projeto de extensão na unidade. As professoras Marilei Dolberth, Dara Damiana Guanais e Dianete da Rosa promoveram outras atividades nesse trabalho, como acesso a um museu virtual. O empenho de cada um foi ressaltado por Débora. “Todos foram muito proativos e o resultado foi um evento de excelência”, resumiu.

A juíza Camila Reis Rettore, substituta na Vara da Família, Infância e Juventude da comarca de Curitibanos, acompanhou os adolescentes nas atividades locais do evento, que apresentou o tema “O que pode a cultura no Sistema Socioeducativo?”. “Os adolescentes afirmaram, cantando, que a cultura no socioeducativo pode resgatar seus sonhos e sua voz”.

Cultura direito de todos

Para a magistrada, foi gratificante testemunhar o empenho dos adolescentes, da coordenação do Case e dos professores. “O programa reafirma que a cultura é direito de todos e deve estar presente no processo socioeducativo como ferramenta de transformação social, ampliando horizontes e mudando histórias de vida”, conclui.

Além do Case de Curitibanos, a Central de Internação Feminina e o Centro de Atendimento Socioeducativo, ambos em Florianópolis, tiveram atividades lúdicas e jogos teatrais para improvisações cênicas que estimulam a imaginação e criação literária. Mais informações sobre o evento estão disponíveis no site do CNJ.

Fonte: NCI/TJSC 

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