O ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou nesta quarta-feira que o sistema previdenciário brasileiro está no limite e chegou a uma situação insustentável, com um déficit que pode crescer R$ 40 bilhões ao ano.
"O primeiro grande desequilíbrio é no sistema previdenciário, daí a reforma. Há uma bomba-relógio demográfica no Brasil e precisamos uma reforma com potência fiscal, de pelo menos R$ 1 trilhão", repetiu, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
O ministro voltou a dizer que uma reforma com potência fiscal menor inviabilizará o lançamento do sistema de capitalização da Previdência. "Não tem problema, estamos sacando de filhos e netos. Esta bola está com o Congresso", completou.
Guedes lembrou ainda que a Lei Kandir veio do nome de um deputado que errou na hora de fazer a reforma da Previdência. "Kandir não errou na hora da reeleição, mas errou na Previdência", brincou.
Para Guedes, as regras trabalhistas também precisam ser atacadas Segundo ele, a futura reforma trabalhista também tenta criar alternativa para futuras gerações. "Vamos fazer também a reforma tributária, a abertura da economia e privatizações ali na frente", acrescentou.
Para o ministro, as estatais não deixam o setor privado investir e carregam passivos trabalhistas colossais. "O Brasil reconstrói uma Europa por ano com o pagamento de juros sem sair da pobreza Brasil carrega ativos sem necessidade, estatais não investem e estão quebradas", concluiu.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO