Oportunidades e desafios para SC na nova Era Trump
Oportunidades e desafios para SC na nova Era Trump

Oportunidades e desafios para SC na nova Era Trump

A volta do empresário Donald Trump à Casa Branca é vista com bons olhos pelos industriais catarinenses, que acreditam em valores como a livre iniciativa, o empreendedorismo, a liberdade de expressão e defendem que a redução da carga tributária e a eficiência da gestão pública são essenciais para qualquer país. Contudo, a perspectiva de taxar importações deixa a nossa indústria em alerta.

Isso se justifica: os Estados Unidos são o segundo parceiro comercial do Brasil e o principal destino das exportações catarinenses. No ano passado, o estado embarcou para lá US$ 1,74 bilhão, na sua maioria itens manufaturados, como produtos de madeira, motores elétricos, partes de motor e cerâmica.

Na posse, Trump confirmou que a reindustrialização é central em sua estratégia econômica e que as tarifas comerciais serão ferramenta para atingir esse objetivo. Mesmo que no primeiro dia não tenha cumprido a promessa de taxar em 60% as importações chinesas, seria ingenuidade acreditar que em breve não teremos tarifas mais altas de ambos os lados. O mesmo deve ocorrer com outros países superavitários, gerando uma escalada tarifária global.

Oportunidades e desafios para SC na nova Era Trump, por Mario Cezar de Aguiar, presidente da FIESC
Mario Cezar de Aguiar, presidente da FIESC

Trump mencionou duas possibilidades de elevação de tarifas sobre as exportações brasileiras. A primeira, caso o país avance com o BRICS para substituir o dólar nas transações comerciais. A segunda com o princípio da reciprocidade, impondo tarifas equivalentes às aplicadas pelo Brasil às importações norte-americanas. Como o Brasil tem déficits comerciais com os Estados Unidos e a substituição do dólar tem baixas chances de sucesso, o impacto provavelmente será menor para o Brasil, que pode se posicionar como observador em meio à disputa.

A guerra tarifária no primeiro governo Trump beneficiou as exportações catarinenses dos setores madeireiro e metalmecânico para os Estados Unidos e alimentício para a China. Agora, novas oportunidades podem surgir. O Canadá, por exemplo, responde por cerca de metade das importações de produtos de madeira dos Estados Unidos, enquanto o Brasil representa apenas 7%. Se confirmada a taxação de 25% para o Canadá, uma janela se abre para SC. Mas ninguém pode ignorar surpresas com o “fator Trump”. Portanto, é tempo de estar alerta tanto às oportunidades, quanto aos riscos. E ao governo brasileiro cabe uma postura pragmática, de diálogo, pois antes da ideologia estão os interesses do país.

Texto: Mario Cezar de Aguiar, presidente da FIESC

Leia também

Fonte: Mario Cezar de Aguiar, presidente da FIESC

Click na Home e escolha o idioma para sua leitura….
https://bomdiasc.com.br
@bomdiasantacatarina

Compartilhe esta postagem

Compartilhar no facebook
Compartilhar no google
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp

Notícias Relacionadas

Faça uma pesquisa​

Ultimas notícias