A Receita Federal participa esta manhã da operação “i-Conti”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). A ação busca combater os crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e outros correlatos.
A operação teve início após a prisão de um indivíduo utilizando documentos falsos em 2018. Uma busca no banco de dados da Receita Federal apontou que o indivíduo, em conluio com um grupo de italianos e brasileiros, criou uma série de empresas fantasmas, registradas mediante a utilização de documentos falsificados ou de laranjas. O grupo seria o responsável pela aquisição de mais de 300 imóveis no litoral catarinense.
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Após a investigação inicial, a Receita Federal enviou as informações para o Ministério Público, que acionou a Polícia Federal para a investigação do grupo criminoso. Após troca de informações com as autoridades policiais italianas, constatou-se que seis dos integrantes do grupo tinham antecedentes criminais na Itália, respondendo a processos por roubo, falsificação de documentos e possível ligação com a Máfia italiana.
A suspeita é de que a origem do dinheiro utilizado na compra dos imóveis venha do crime organizado na Itália, o que caracterizaria o crime de lavagem de dinheiro. A Justiça Federal decretou o bloqueio e indisponibilidade de todos os bens moveis, imóveis e valores em nome dos envolvidos e de suas empresas.
Servidores da Receita Federal, PF e MPF cumprem nesta data sete mandados de busca e apreensão, em endereços localizados nos municípios de Joinville e Itapoá. Além da busca por bens adquiridos pela quadrilha, os auditores-fiscais buscam também mais informações sobre o grupo e suas atividades no Brasil.
Fonte: Superintendência Regional da Receita Federal na 9ª RF – Paraná e Santa Catarina