O resultado do Índice
O resultado do Índice

Economia cresce em Santa Catarina

Os dados apontam que Santa Catarina se mantém entre os estados de maior crescimento do País

O Índice de Atividade Econômica de Santa Catarina, estimado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, teve um crescimento nos quatro trimestres, encerrados em março de 2019, de 2,95%, sobre o mesmo período anterior. Os dados apontam que Santa Catarina se mantém entre os estados de maior crescimento do País. O Brasil, segundo o PIB trimestral do IBGE, cresceu 0,9% no mesmo período, um pouco abaixo da taxa de 2018, de 1,1%.

O resultado mostra também uma desaceleração da economia do Estado. Em dezembro de 2018, indicadores apontavam um crescimento de 3,6% e em setembro, 4,2%. “Temos sentido os reflexos direto da conjuntura nacional e internacional no nosso Estado mas, sobretudo, embora com desaceleração, evidenciam a capacidade e a força do setor industrial/produtivo que segue mantendo a economia catarinense entre as principais do País, fazendo com que sigamos confiantes e focados na recuperação dos investimentos e na retomada do crescimento”, pontua o secretario de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Lucas Esmeraldino.

O economista Paulo Zoldan, reforça que os índices estaduais são um reflexo do baixo crescimento econômico do país, que além de estar avançando a uma taxa bem inferior, também vem desacelerando. As estimativas de crescimento para 2019 vem passando por sucessivas revisões para baixo, frustrando expectativas da sociedade. Em Santa Catarina, com exceção da agropecuária, dos segmentos de fabricação de produtos alimentícios e dos serviços prestados às empresas, todos estão crescendo.

Agropecuária, indústria e serviços puxaram crescimento

O resultado do Índice, que aponta a tendência de crescimento do PIB estadual, decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (-5,5%), Indústria (3,4%) e Serviços (3,6%).

Dentre as atividades da Indústria de Transformação com maior crescimento estão: a metalurgia básica, minerais não metálicos, madeiras, máquinas e equipamentos e vestuário. O segmento da indústria de alimentos é o único que está retraindo. A construção civil vem se recuperando lentamente, com melhora nos indicadores de vendas e emprego, embora o desempenho esteja bem aquém das expectativas.

Dentre os Serviços, destaque para o comércio que cresceu 7,8%, transporte, armazenagem e correio (7,6%) e as atividades imobiliárias (3,6%). Os serviços prestados as empresas são os únicos que estão retraindo.

Quando comparado o desempenho da economia dos quatro trimestres encerrados em março de 2019 com aquele dos quatro trimestres encerrados em dezembro de 2018, observa-se que os subsetores que mais desaceleram foram a indústria metalúrgica, pecuária, indústria têxtil, comércio e indústria automotiva.

“Os primeiros meses de 2019 têm sido marcados por uma perda de fôlego da economia diante de uma percepção de que a tramitação da reforma da Previdência e das demais que seguem na pauta deverá levar mais tempo do que o esperado inicialmente. Problemas climáticos e a forte retração da indústria extrativa nacional também se somam a um cenário externo marcado por uma forte crise econômica na Argentina e por embates comerciais entre EUA e China. Juntos estes fatores tem impactado a economia brasileira e a da maioria dos estados”, avalia Zoldan.

O Índice de Atividade Econômica, junto com os dados econômicos do mês de maio, estará disponível também no Boletim de Indicadores Econômico-Fiscais, que serão divulgados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável.

Fonte: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável

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