Bom Dia SC – A triagem neonatal biológica, mais conhecida como “Teste do Pezinho”, é um direito de todos os recém-nascidos vivos, assegurada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Ela deve ser realizada em todo território nacional e é um dever do Estado prover o acesso a esse exame. A partir dele, é possível detectar, em tempo oportuno, uma série de doenças genéticas e metabólicas que podem comprometer o desenvolvimento e a qualidade de vida de bebês recém-nascidos.
Por isso, entenda o que é o exame e a importância dessa iniciativa para a saúde do bebê.
O que é
A Triagem Neonatal Biológica é iniciada com a coleta do sangue do calcanhar do bebê, por isso o nome “Teste do Pezinho”, em papel-filtro, para a realização dos exames. É importante entender que a coleta é só o começo dessa triagem. Os exames realizados após a coleta são capazes de suspeitar qual recém-nascido pode ter uma das doenças triadas e a partir de então iniciar o tratamento o mais rápido possível. A família deve buscar o resultado, pois, esta é a garantia de que o exame foi realizado.
A Triagem Neonatal tem função de prevenção de alterações no desenvolvimento físico e mental do recém-nascido, podendo evitar deficiência mental, além de outros agravos à saúde do bebê e óbito precoce.
Importante! A recomendação do Ministério da Saúde é que a coleta da primeira amostra seja feita a partir de 48 horas após o parto até o 5º dia de vida do bebê, devido às especificidades das doenças diagnosticadas atualmente e para garantir tratamento o mais rápido possível.
Na maioria dos estados brasileiros, a coleta do sangue acontece nas unidades de Atenção Primária. Em alguns estados esta coleta também é realizada em maternidades, casas de parto, comunidades indígenas e quilombolas, entre outros locais. Este material deve ser enviado com urgência para o Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) do seu estado.
Doenças
A partir do Teste do Pezinho, o Sistema Único de Saúde (SUS), seguindo as orientações do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), faz a triagem das seguintes doenças:
Fenilcetonúria;
Hipotireoidismo Congênito;
Fibrose Cística;
Anemia Falciforme e demais Hemoglobinopatias;
Hiperplasia Adrenal Congênita;
Deficiência de Biotinidase;
Toxoplasmose Congênita.
Busca Ativa
Os recém-nascidos com resultado alterado no Teste do Pezinho, ou seja, fora dos valores de referência, são reconvocados para realizarem exames confirmatórios, por meio de Busca Ativa.
Esta ação funciona assim: a equipe do serviço de referência em triagem neonatal entra em contato com os pontos de coleta para localização imediata do recém-nascido com suspeita e, assim, trazer a criança em tempo hábil para a confirmação do diagnóstico e início do tratamento dos casos confirmados. A busca ativa torna possível a prevenção das complicações decorrentes das doenças detectadas.
Proteção
O Teste do Pezinho é realizado por profissionais qualificados e o processo de coleta é seguro para a criança. Os pais e responsáveis precisam estar esclarecidos sobre a importância da realização do Teste do Pezinho, pois, esta iniciativa visa prevenir as crianças de possíveis complicações relacionadas às doenças detectadas no Teste do Pezinho.
Lembre-se sempre: recém-nascidos, bebês e crianças precisam de cuidados e não podem tomar decisões sozinhos. É muito importante que a família e responsáveis levem seus bebês para realizar o Teste do Pezinho, busquem o resultado e tomem as devidas providências em caso de diagnóstico confirmado, isso é uma forma de proteção às crianças.
O SUS garante o serviço e o atendimento com uma equipe multidisciplinar preparada para atender a família e a criança e sanar todas as dúvidas.
Não caia em Fake News
Quando se trata de saúde, é muito importante procurar informação confiável e oficial. Não acredite em conteúdos sensacionalistas que querem desacreditar procedimentos comprovadamente seguros e eficazes que protegem a saúde dos recém-nascidos.
Fontes:
As referências usadas nesta matéria são:
Ministério da Saúde – Cuidado Neonatal
Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN)
Legislação PNTN
Fonte: Assessoria de Imprensa Ministério da Saúde
