Primeiramente, o livro em questão, “Cinema, Educação e Ambiente”, explora a interseção entre essas três áreas, destacando o papel significativo do cinema como ferramenta educacional e de sensibilização ambiental. A obra propõe que o cinema não apenas retrata histórias, mas também atua como um veículo poderoso para promover discussões e reflexões profundas sobre questões ambientais contemporâneas.
Outrtossim, logo nos primeiros capítulos, o autor aborda a relação histórica entre o cinema e a educação, ressaltando como os filmes têm sido utilizados desde o início do século XX como instrumentos de instrução e formação de consciência social.
O livro sugere que, no contexto da educação ambiental, os filmes desempenham um papel ainda mais importante ao possibilitar que o público visualize os impactos das mudanças climáticas, desmatamento, poluição e perda da biodiversidade de maneira visceral e emocional.
Um ponto forte do livro reside a análise crítica de diversas produções cinematográficas que abordam temas ambientais, desde documentários como “Uma Verdade Inconveniente” até ficções como “Avatar” e “O Dia Depois de Amanhã”.
Essas análises são complementadas por discussões sobre como os cineastas utilizam elementos narrativos e visuais para construir narrativas convincentes que desafiam o público a refletir sobre seu papel no enfrentamento da crise ambiental.
Ademais disso, o autor destaca como o cinema pode servir como ferramenta de transformação dentro das salas de aula. Ele defende que, ao ser incorporado em currículos educacionais, o cinema permite que os alunos se envolvam de forma mais criativa e crítica com temas complexos. A obra oferece exemplos práticos de como professores podem utilizar filmes para incentivar debates, fomentar a empatia e desenvolver um senso de responsabilidade ambiental entre os alunos.
O livro também não deixa de lado as críticas à forma como o cinema, em alguns casos, banaliza ou simplifica questões ambientais. Há uma discussão sobre a necessidade de uma abordagem mais responsável e informada por parte dos cineastas, evitando sensacionalismos ou a perpetuação de mitos ambientais.
Em epítome, “Cinema, Educação e Ambiente” se configura em leitura essenciais para educadores, ambientalistas e entusiastas do cinema que buscam entender melhor como essa poderosa mídia pode ser usada para promover a conscientização e a educação ambiental. Por final, o livro convida o leitor a refletir sobre o impacto das narrativas cinematográficas na forma como compreendemos e reagimos às questões ecológicas urgentes, propondo um uso mais estratégico e ético do cinema em prol da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente.
Prof. Dr. Adelcio Machado dos Santos
Crítico de Arte

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