Era madrugada de primeiro de maio quando sete equipes de Força-Tarefa (FT) do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) foram acionadas para se deslocar até Araranguá, no Sul do Estado, para reunidos seguirem para o Rio Grande do Sul
O motivo: salvar o máximo de pessoas possível. O estado gaúcho havia sido atingido por fortes chuvas que resultaram em inundações, enxurradas e deslizamentos jamais vistos. Este primeiro contingente, de 32 bombeiros militares, foi deslocado para a região de Lajeado, onde atuou nos primeiros resgates, que foram fundamentais para o salvamento de muitas vidas. Durante uma semana, as equipes salvaram pessoas e animais na região de Lajeado, Cruzeiro do Sul e Grande Porto Alegre.

Na manhã do dia 06 de maio, foi realizado o primeiro revezamento das equipes. Os 32 bombeiros militares se encontraram com outros 39, também em Araranguá, e o momento foi regado de muita emoção e troca. Entre os que retornaram, uma unanimidade: “nunca vivemos nada parecido, é um cenário impossível de descrever.” Entre os que iam, o compromisso de seguir salvando todas as vidas que fosse possível. No dia seguinte, 07 de maio, mais bombeiros foram para o Rio Grande do Sul. Desta vez, os binômios, dupla formada entre bombeiro militar e cão de busca, com o objetivo de atuar nas áreas em que ocorreram os deslizamentos, encontrar vítimas e proporcionar às famílias uma despedida digna. Ao todo, neste segundo contingente, 49 bombeiros militares e 04 cães atuaram nas buscas e salvamentos.
No terceiro revezamento, 42 bombeiros militares e 05 cães de busca se deslocaram rumo à região de Lajeado e Canoas. A maior parte deles eram especialistas em Intervenções em Áreas Deslizadas (IAD), trabalho bastante minucioso e que exige muito conhecimento, paciência e precisão.
O quarto e o quinto contingente enviados ao Rio Grande do Sul, que contou ao todo com 24 bombeiros militares e 05 cães de busca, atuaram na região de Cruzeiro do Sul com o objetivo de encontrar as vítimas dos deslizamentos. O apoio das aeronaves das polícias Civil e Militar, ambas de Santa Catarina, bem como do Exército Brasileiro (EB) foram fundamentais para as equipes acessarem áreas em que não era possível fazer o deslocamento por via terrestre.

Atuação das aeronaves do CBMSC
No dia 10 de maio a corporação, em parceria com o SAMU Aeromédico (SES/SAMU) e em conjunto com o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (HEMOSC) realizou o transporte de 263 bolsas de sangue e medula óssea. Foram 02 voos, um saindo de Florianópolis e outro de Joaçaba, onde foi inaugurado recentemente o serviço em parceria com as instituições.
No dia 15 de maio, foi realizado o primeiro transporte aeromédico em apoio ao RS. O pequeno paciente gaúcho, de apenas 17 dias, foi transferido para o Paraná para uma avaliação hematológica. O trajeto de cerca de 1.200 quilos durou em torno de 4h e meia e foi realizado com a aeronave Arcanjo-04.
Fonte: Assesssori de Imprensa CBMSC

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