Saída para observação de aves em Charqueadas, Rio Grande do Sul em 10 de julho de 2021

A visita, acertada previamente com os administradores, foi realizada por 7 membros do Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre, sempre com o cuidado da utilização de máscaras, da prévia imunização com a vacina e do respeito ao distanciamento, como forma de minimizar a chance de contaminação pela Covid-19.

Após um período de baixa atividade externa, realizamos uma saída reduzida em pessoas, numa fazenda perto de Porto Alegre.

Charqueadas é um pequeno município situado a oeste de Porto Alegre, a uma distância de aproximadamente 50km, ainda na região do Pampa, com relevo em geral plano ou de pequenas colinas.

A fazenda Umbu onde estivemos, é dedicada principalmente ao cultivo de arroz, com uma área onde se encontram vários açudes, cuja água é reservada para o cultivo e a produção do arroz.

O deslocamento na fazenda também é bem fácil. O acesso desde Porto Alegre se faz por boas rodovias e estradas, todas asfaltadas, até a porteira da fazenda. Na área interna, o acesso é possível por estradas ou sobre as taipas (os diques) que fecham os açudes.

Por ser uma região com poucas árvores, o que facilita a observação em pontos mais distantes, é possível fotografar as aves em suas atividades, sem obstáculos.

E, como tivemos um dia com a generosa iluminação proporcionada pelo sol, pudemos aproveitar para fazer bons registros fotográficos. A existência de grandes aguadas, assim como pequenos capões de mato, abrigam uma boa diversidade de espécies para observação.

Encontramos tanto espécies aquáticas e que vivem normalmente junto com mananciais de água, como espécies generalistas, que vivem em condições diversas.

Chegamos no local aproximadamente às 8 horas, e partimos direto para a parte mais baixa, onde estão localizadas as quadras de cultivo de arroz, nessa época já vazias e sem exploração.

Após circular esta grande área, parte de automóvel, parte a pé, partimos para o primeiro açude, e logo após para o segundo, em níveis mais elevados.

Do primeiro para o segundo açude fomos caminhando. O açude estava com o volume de água bem baixo, devido à pouca ocorrência de chuvas. Como já estava perto do meio-dia, achamos uma clareira na pequena mata, onde paramos para realizar um lanche.

Na parte da tarde, voltamos ao primeiro açude, fazendo a locomoção de automóvel, até chegarmos no final da trilha. Neste local, também realizamos uma expedição a pé, explorando a área perto do açude.

Das aves que mais nos surpreenderam, podemos citar os Mergulhões, dos quais avistamos três espécies, em diversos locais e oportunidades dentro dos açudes.

Também a onipresente Narceja, fazendo os seus voos ruidosos por sobre nós. Das espécies registradas, que foram mais de 90 diferentes num período de 8 horas, a Primavera e o Príncipe foram duas de ocorrência pouco comum no local.

Passado um pouco das 16h, encerramos nossa visita, com um volume de registros bem grande e várias visualizações muito gratificantes, em um dia de muito sol e temperatura amena.
















Colunista observação de aves : Gilberto Sander Müller é fotógrafo amador, observador de aves e morador de Porto Alegre, RS, Brasil.