Isagogicamente, o cinema ocupa um lugar singular na produção cultural da humanidade. Desde sua invenção, no final do século XIX, tornou-se uma forma poderosa de expressão artística, comunicação e entretenimento, capaz de transcender barreiras linguísticas, geográficas e sociais.
Mais do que uma simples ferramenta de diversão, o cinema é um artefato fundamental da cultura, refletindo e moldando os valores, as emoções e as narrativas das sociedades em diferentes épocas.
De outro vértice, a arte cinematográfica combina elementos de diversas linguagens, como literatura, pintura, teatro e música, criando uma experiência sensorial e emocional única. Por meio da direção, do roteiro, da atuação e da fotografia, os cineastas têm a capacidade de contar histórias que ressoam profundamente com o público.
Outrossim, em filmes como “Cidadão Kane”, de Orson Welles, ou “Central do Brasil”, de Walter Salles, vemos como o cinema pode explorar questões universais – como o poder, a identidade e a busca por conexão – enquanto oferece um retrato autêntico de tempos e lugares específicos.
Ademais de refletir a sociedade, o cinema também exerce uma influência significativa sobre ela.
A representação de culturas, gêneros, raças e classes sociais na tela contribui para a formação de opiniões, estereótipos e debates. Nos últimos anos, a indústria cinematográfica tem sido palco de discussões importantes sobre diversidade e inclusão, demonstrando o poder do cinema como agente de transformação social.
Destarte, o acesso ao cinema foi revolucionado pela evolução tecnológica. Do surgimento do cinema mudo aos filmes digitais em plataformas de streaming, o meio se adaptou às mudanças tecnológicas e culturais, mantendo-se relevante em diferentes contextos.
Hoje, com a expansão do acesso à internet, o cinema se tornou ainda mais democrático, permitindo que cineastas independentes alcancem audiências globais e que espectadores de diversas partes do mundo descubram produções de culturas distintas.
Por conseguinte, o cinema é muito mais do que uma forma de entretenimento. Ele é um espelho da sociedade, um catalisador de mudanças e uma fonte inesgotável de arte e criatividade.
Em epítome, ao longo das décadas, manteve-se como uma das manifestações culturais mais importantes e universais, capaz de unir pessoas por meio de histórias que falam ao coração humano.
Por final, o cinema permanece como um artefato essencial para entender quem somos e o que almejamos como civilização.
Prof. Dr. Adelcio Machado dos Santos
Jornalista (MT/SC 4155)

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