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Ministério do Turismo aumenta exigências para ingresso no Mapa do Turismo

Municípios tem menos de dois anos para se adequar às novas regras

Municípios que investem no turismo e, principalmente, os que tem interesse em desenvolver essa atividade de forma profissional tem menos de dois anos para trabalhar o seu processo de organização interna e manter-se alinhados às exigências do Ministério do Turismo (MTur) que irão mudar a partir deste ano. O Ministério já anunciou que vai incluir novos critérios para os municípios que desejam ingressar no Mapa do Turismo Brasileiro e desta vez irá incluir também exigências para as regiões turísticas e governos estaduais. Vale lembrar que permanecem os critérios das últimas seleções, e novos serão apresentados no início do mês de abril durante uma reunião nacional dos interlocutores estaduais do Programa de Regionalização do Turismo, que acontece na cidade de Belém, no Pará.

O aumento de exigências já era esperado porque o Ministério do Turismo precisa priorizar investimentos para quem, de fato, trabalha pelo turismo e, uma das formas de orientar as políticas públicas do setor é justamente o mapa do turismo brasileiro, que comprova esse alinhamento com o que o Mtur preconiza como o mínimo necessário para o desenvolvimento da atividade turística : – ter um conselho de turismo ativo, pertencer a uma região turística, possuir uma pasta de turismo e dotação orçamentária para realização de projetos, e possuir equipamentos com registro no Cadastur – um cadastro de prestadores de serviço da área turística que é feito junto ao Mtur.

Até o último ano, infelizmente, havia relatos de municípios correndo para marcar uma reunião às pressas para comprovar a existência de um conselho de turismo, aprovando aos 45 minutos do segundo tempo e em regime de urgência a criação de um conselho, ou apresentando atas de reuniões que nunca aconteceram para comprovar aquilo que nunca existiu. A ideia agora é que as novas exigências do Ministério não sejam tão simples de serem burladas ou maquiadas. Mas, sinceramente, o que se espera de um município que discursa sua intenção de trabalhar o turismo e que não tem sequer articulação para montar um conselho e fazê-lo funcionar, construir um planejamento de trabalho, nem discutir o seu desenvolvimento de maneira colegiada dentro de uma instância de governança ou buscar projetos para se efetivar neste segmento? A quem estamos enganando?  

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