As semeaduras começaram na primeira quinzena de setembro, precocemente, e os produtores optaram escalona tanto o período de plantio quanto as variedades de híbridos
A falta ou excesso de chuvas em períodos distintos, sempre foi uma preocupação constante dos produtores rurais, por isso, mais uma vez o clima será a maior das apreensões já que a expectativa para comercialização da safra 2020/2021 é seguir com os preços relativamente bons como aconteceu nos últimos meses.
Como o produtor sempre aposta nos resultados positivos e sabe muito bem como é trabalhar em uma lavoura – uma desafio a céu aberto – ele continua firme na atividade, fazendo sua parte safra após safra e assim, movimentando a cadeia produtiva do agronegócio mundial. Sendo assim, a semeadura da safra 2020/2021 já iniciou.
Nas lavouras da Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam), o plantio de milho foi antecipado, iniciando ainda na primeira quinzena de setembro. “O produtor está tentando escalonar um pouco mais o plantio de milho, pensando no histórico principalmente da safra passada onde o clima prejudicou a questão de produção do milho e por isso, ele está escalonando o plantio e também alternando as variedades – precoces, de ciclo médio e tardio – para não colocar os ovos todos em uma mesma cesta”, comenta o engenheiro agrônomo da Coocam, Silvio Zanon.
Essa aposta dos produtores da cooperativa, com plantio precoce e escalonado, ainda com rotação das variedades de híbridos é uma alternativa, já que a previsão do fenômeno La Niña deixa mais incertezas sobre os padrões de precipitações e temperaturas no decorrer do ano safra. De acordo com Zanon, a cultura de milho precisa de chuva frequente, especialmente no período de enchimento de grãos e na polinização e reforça que o escalonamento pode ser uma maneira mais segura para o produtor rural, pois, caso haja veranico ou se concretizar a previsão de La Ninã, as lavouras estarão em períodos diferentes uma das outras.
O engenheiro agrônomo da Coocam lembra que cada vez mais, o homem do campo investe em suas lavouras, usando sementes de alta tecnologia e adubação de alto nível, ou seja, realiza o manejo necessário exigido pela cultura para produtividade acima de 200 sacas por hectares. “Esse primeiro investimento que é a base para ter os melhores resultados, o produtor está fazendo”, comenta Silvio, completando que em contrapartida, a Coocam oferece todo o apoio necessário para fazer essa calibragem – melhores resultados nas lavouras.
A estimativa é que a área de milho na Coocam permaneça a mesma da safra passada, ou seja, em torno de 15 mil hectares o que equivale cerca de 30% das lavouras dos produtores da cooperativa, matriz e filiais.
Perfil do produtor
Calculista e técnico. Esse é o novo perfil do produtor rural, conforme comenta o engenheiro da Coocam, Silvio Zanon. “Onde ele investe um, quer colher dois”, compartilha. A percepção vista pelos profissionais técnicos, onde o homem do campo tem em mãos informações cada vez mais veloz, existe os dois lados. Segundo Zanon, o mundo digital é muito importante, porém, o produtor não deve esquecer o trabalho na prática. “A parte do campo, de ir até as lavouras e fazer análises, vai um pouco além do digital”.
Estimativa
No dia 15 deste mês, a Epagri apresentou estimativas para a safra de verão 2020/21 em Santa Catarina, durante evento on-line. Segundo os especialistas, algumas características vão marcar o próximo ciclo, entre elas o mercado aquecido para as principais culturas. A redução dos juros também foi comentada, chamando atenção para a elevação dos custos de produção, causada pelo impacto do dólar alto nos produtos que utilizam insumos importados.
Fonte: Assessoria de Imprensa Coocam