O setor do agronegócio no Brasil corresponde a 25% do PIB nacional e representa 47,6% do total das exportações do País. Isto significa que, graças à adoção de novas tecnologias no campo, o Brasil deixou de ser um país importador para se tornar um potente exportador. Com base no conceito Agro 4.0, os produtores rurais buscam por tecnologias que permitam que operações diárias, que geralmente levam horas ou até dias, como inteligência preditiva para produção, monitoramento de gado e de plantio/colheita, controle de pragas e meteorologia, sejam realizadas em tempo bastante reduzido.
É por isso que o mercado vem provando que a tecnologia aplicada ao agronegócio está além do conceito superficial de aumento de produtividade. Os mais recentes avanços implementados nesta indústria, como Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA), ampliam a introdução de maquinário e robôs equipados com machine learning, capazes de analisar e combinar alto volume de dados em tempo recorde, para prover soluções de problemas e melhorar o processo de tomada de decisões. Além disso, é possível também reduzir gastos com combustível, energia, e monitorar maquinário pesado, como tratores, caminhões e colheitadeiras remotamente e em tempo real.
A conectividade ultrarrápida e de baixa latência do 5G será um fator impulsionador para aplicar essas tecnologias em atividades rotineiras, como controle automatizado e monitoramento remoto em tempo real, a partir do aumento da velocidade da internet no campo – um enorme desafio para áreas remotas.
E, sem dúvidas, o Big Data também é indispensável nesse processo de transformação digital na zona rural, permitindo o uso inteligente de dados, adoção de sensores e satélites para monitoramento e predição meteorológica, além de soluções que viabilizam análises e gestão de uma enorme massa de dados.
Atingir um nível de produtividade mais sustentável e eficiente no campo requer soluções que conversem entre si, o que, por sua vez, exige infraestrutura capaz de suportar essa tecnologia revolucionária. Esse processo de inovação é totalmente centrado em dados, que podem chegar a zettabytes em poucos anos. Esses dados precisam ser armazenados, processados e acessados com velocidade e eficiência, a partir da implementação de tecnologias modernas, como o armazenamento em flash e os protocolos NVM-e, que já se tornaram diferenciais competitivos nas principais indústrias.
E, por fim, vale ressaltar que a transformação na cadeia produtiva dessa indústria que se tornou o motor da economia brasileira exige planejamento minucioso, para viabilizar automação, lucro e otimização dos processos, sem gerar mais custos ao produtor final ou ao cliente.
Gerente-geral da Pure Storage no Brasil
Fonte: Jornal do Comércio