Falta de chuva prejudica produtores catarinenses, especialmente do sul, norte e serra/Foto:Epagri
Falta de chuva prejudica produtores catarinenses, especialmente do sul, norte e serra/Foto:Epagri

Estiagem prejudica pecuária e compromete abastecimento de propriedades rurais em Santa Catarina

FAESC alerta para situação de emergência nas regiões sul, planalto norte e planalto serrano

A falta de chuva continua preocupando o setor produtivo em Santa Catarina e agravando os prejuízos no meio rural. Considerada a mais severa dos últimos 14 anos no Estado, a estiagem prolongada iniciada em julho do ano passado já reduziu em 10% a produção de milho, 7% de feijão e 20% do leite, e agora está impactando na atividade pecuária e no abastecimento das propriedades rurais.

A preocupação é da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc) que fez um levantamento da situação junto aos produtores em todas as regiões do Estado. Segundo o vice-presidente, Enori Barbieri, finalizada a safra de grãos, a falta de chuva passou a comprometer o abastecimento dos animais nas propriedades e o desenvolvimento das pastagens de inverno, o que tem impacto direto na produção da pecuária leiteira e de corte. Os problemas mais graves estão nas regiões sul, planalto serrano e planalto norte, onde a quantidade de chuva dos últimos dias tem sido menor que nas demais regiões.

“No oeste, extremo-oeste e meio-oeste tem chovido mais, o que ajudou na recuperação das pastagens, mesmo sem o restabelecimento hídrico total na maioria das cidades. Nas demais regiões, os produtores de suínos e aves estão tendo que complementar o abastecimento dos animais e até o consumo próprio com caminhões pipas”, detalha Barbieri ao destacar que a situação para os produtores de leite é mais preocupante.

“Além das pastagens comprometidas pela estiagem, os pecuaristas não estão conseguindo compensar a alimentação dos animais com ração, devido ao alto custo da nutrição animal, influenciado pelos bons preços do milho e da soja no mercado. São dois problemas que provocam queda na produção de leite nestas regiões”, sublinha.

O presidente José Zeferino Pedrozo chama atenção dos municípios para ampararem os produtores nas regiões mais afetadas. Em todo o Estado, mais de 90 cidades declararam situação e emergência, medida que assegura ações administrativas de auxílio à produção.

“Muitos produtores estão relatando que os prefeitos ainda não declaram situação de emergência. Essa iniciativa é importante porque permite a prorrogação dos prazos dos financiamentos, o que os auxilia neste momento de queda na produção e prejuízos na safra”, ressalta Pedrozo.

Além dos decretos, os produtores também estão solicitando recursos para a perfuração de poços artesianos.

PREVISÃO

De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/Ciram), as previsões para junho, julho e agosto no Estado são para chuvas abaixo da média climatológica. O período com melhor perspectiva de chuva é nas próximas duas semanas, 9 a 18 de junho. Segundo a meteorologista, Gilsânia Cruz, de 9 a 13, a chuva deve ocorrer com maior frequência devido às áreas de baixa pressão e passagem de duas frentes frias nos dias 10 e 12. Os maiores acumulados estão previstos para as regiões oeste e sul.

A perspectiva mais otimista para junho anima o setor. “A chuva esperada para este mês pode regular a umidade de grãos e recuperar as pastagens”, projeta Barbieri.

“Os produtores estão aguardando mais chuva para amenizar a situação. Há defasagem de água há anos, alcançando mais de 500 milímetros em muitas regiões só neste ano. Sabemos que não é qualquer quantidade que vai resolver, mas certamente contribuirá neste período”, acrescenta Pedrozo. 

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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