30/06/2025
Entre as atividades não agrícolas realizadas por residentes do meio rural
Entre as atividades não agrícolas realizadas por residentes do meio rural

Cresce número de pessoas que residem no campo e atuam fora da agropecuária

Entre 2012 e 2018, a participação de residentes do meio rural atuando em empregos não agrícolas cresceu de 41,5% para 47,5%. Essa é uma das conclusões da nova edição especial de estudo sobre mercado de trabalho do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

Segundo pesquisadores do Cepea, esse movimento refletiu principalmente a redução da PO rural agrícola (ocupada na agropecuária). Entre as atividades não agrícolas realizadas por residentes do meio rural, destacam-se as da indústria geral e do comércio.

A participação da agroindústria no total de empregos não agrícolas dos residentes rurais variou entre 8,4% e 9,8% de 2012 a 2018, não tendo apresentado uma tendência geral. E, entre as agroindústrias, destacam-se a agroalimentar e as indústrias de madeira, móveis de madeira, papel e celulose.

SALÁRIO – Em 2018, o salário médio esperado de um trabalhador rural no setor não agrícola era de R$ 1.191, apenas 11% superior ao rendimento médio no setor agropecuário. Segundo pesquisadores do Cepea, isso reflete o fato de que 49,9% dos residentes rurais ocupados no setor não agrícola estavam engajados em atividades com rendimentos médios iguais ou inferiores ao da agropecuária. Logo, o entendimento do emprego não agrícola como uma alternativa de melhores rendimentos para o residente rural deve ser visto com cautela, sobretudo quando a motivação para a mudança de atividade refletir fatores de expulsão da agropecuária, e não fatores de atração do emprego não agrícola.

Fonte: Cepea

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