Tem sido voz frequente em qualquer ambiente, profissional, empresarial, social, político e até em rodas de botecos, que o agro não parou, que salvou a economia e o País, especialmente na pandemia de Covid. Na verdade, houve a necessidade de surgir um problema mundial, para que as pessoas parassem, para avaliar que o alimento é fundamental, que é indispensável, para os ricos e pobres; brasileiros ou estrangeiros; crianças ou adultos.
Os produtores rurais, responsáveis pela produção de alimentos, sempre souberam da sua importância para a sobrevivência humana, mas paradoxalmente também sabem que é uma classe muito pouca reconhecida nos meios urbanos.
Os gestores públicos, com raríssimas exceções, não valorizam o setor; e os arrecadadores de tributos, com muita frequência ignoram e até criticam o agronegócio, e com seus ímpetos arrecadatórios, ignoram que a cadeia produtiva começa lá no campo, atividade que faz girar a economia, agregado valor, movimentando outros setores, e que culminam com a arrecadação de impostos em várias atividades. De outra parte, a população nas cidades também têm pouco conhecimento da origem dos alimentos. Desconhece o trabalho que dá para produzir leite, grãos que se transformam em óleo, pães, carnes, e outros alimentos do dia a dia.
Neste dia 25 de julho, dedicado ao colono e ao motorista, duas classes fundamentais para a disponibilidade dos alimentos, precisamos reconhecer esses profissionais. A iniciativa do grupo ND de Comunicação de criar um projeto de mídia, em diversas plataformas, para valorização do agro, merece apoio e consideração. Mostrar à população dos meios urbanos o quão é difícil produzir alimentos em toda sua cadeia até chegar à mesa do consumidor, é uma forma de reconhecer essa atividade. Mostrar à população que o leite não nasce no supermercado e que as carnes não são produzidas no açougue ou que o feijão e o arroz precisam ser cultivados no campo para serem consumidos nas cidades, não deixa de ser uma homenagem ao agricultor.
O projeto Agro Saúde e Cooperação, do Grupo ND e que conta com o apoio da Ocesc, da Aurora Coop e da Fecoagro, está sendo muito elogiado em SC, e quiçá sirva de inspiração para outros veículos de comunicação valorizar o agro e não apenas criticar, abordando assuntos de formas distorcidas, dando voz a colunistas e celebridades com tendências ideológicas, sem conhecimento de causa, depreciando um setor que garante os resultados não apenas econômicos, mas também social no país e no mundo.
Que esse projeto, seja mais uma homenagem ao colono neste 25 de julho, e que sirva de autoestima para uma categoria que trabalha diuturnamente correndo riscos climáticos e de mercado, mas que não desiste, para garantir alimentos a população. E para a Fecoagro, que neste dia 25 de julho completa 47 anos de trabalho sempre em favor do agricultor catarinense, os nossos cumprimentos. Devemos reconhecer que o colono é muito importante para todos nós. Pense nisso!
Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro/SC
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