Há exatos 15 anos, no dia 20 de janeiro de 2010, o helicóptero Arcanjo-01 realizava sua primeira operação de resgate em Santa Catarina
O chamado ocorreu às 17h20min, quando a aeronave foi acionada para atender a um acidente de trânsito envolvendo um carro e um caminhão na BR-282, com uma vítima presa nas ferragens. Este marco histórico do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) representa o início de um serviço que, ao longo dos anos, salvou inúmeras vidas e consolidou a relevância da atuação aérea no Estado.
Na tripulação pioneira, estavam o piloto major Edemilson Lopes, o comandante de operações aéreas capitão Giovanni Fernando Kemper, o tripulante operacional soldado Márcio Aurélio Silveira, o médico de voo Saule Pastre Junior e o enfermeiro de voo André Ricardo Moreira, integrantes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A missão destacou-se pela velocidade e precisão da resposta: a motorista foi retirada das ferragens, estabilizada e encaminhada ao Hospital Regional de São José para os cuidados necessários.
Uma Memória Viva
O coronel da reserva Giovanni Fernando Kemper, ex-comandante do BOA e da aeronave Arcanjo, relembra com emoção aquele dia histórico. “Lembro como se fosse hoje. Era fim de tarde, e achávamos que o primeiro dia seria sem ocorrências. Quando o chamado chegou, sentimos uma adrenalina intensa, com aquele foco em salvar vidas. E esse sentimento permaneceu em todas as ocorrências que vieram depois, mas a gratificação vem das inúmeras vidas salvas e da gratidão das pessoas que nos visitaram no BOA ao longo dos anos”, recorda o coronel.
Parceria Inédita
A implantação do serviço foi viabilizada por uma parceria pioneira entre o CBMSC e a Secretaria de Estado da Saúde. Essa colaboração permitiu que a aeronave contasse com uma tripulação composta por bombeiros militares, um médico e um enfermeiro, garantindo atendimento rápido e eficiente em situações críticas.
No início, o Arcanjo-01 era apenas alugado. Mas em 2012, o helicóptero foi comprado e fixou sua base em Florianópolis, tornando-se um símbolo de agilidade e eficiência no atendimento de emergências em Santa Catarina.
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Atendimentos
No primeiro ano de atuação, o Arcanjo atendeu 620 ocorrências. Com o passar do tempo, o serviço de atendimento aeromédico foi ampliado e, atualmente, o Batalhão de Operações Aéreas conta com dois helicópteros, um sediado em Florianópolis e outro em Blumenau, além de três aviões, dois em Florianópolis e um em Joaçaba.
A ampliação para Joaçaba, em abril de 2024, garante que todo catarinense está a 20 minutos de ser socorrido por uma aeronave. Ao longo desses 15 anos de história, já foram mais de 16 mil ocorrências atendidas. “Esses números nos mostram o quanto foi importante e quão correta foi aquela decisão inicial de locar uma aeronave e quanto isso foi um sucesso para o Estado. O esforço culminou então com esse grande número de ocorrências atendidas e essa expansão de atividade nas três bases que nós temos hoje”, destacou o comandante do BOA, tenente-coronel Hugo Mandrin Dalossi.
A Origem do Nome “Arcanjo”
O nome “Arcanjo” foi escolhido em homenagem ao Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), que atuou ativamente na Operação Arca de Noé, na enchente do Vale do Itajaí entre novembro e dezembro de 2008. Na operação mais de 30 helicópteros de diferentes instituições estavam trabalhando em apoio, mas apenas uma era das cores do Corpo de Bombeiros, o Arcanjo do CBMMG. Desta forma, quando o serviço foi implantado em Santa Catarina houve a decisão de fazer a homenagem.
Fonte: Assessoria de Imprensa CBMSC