O principal objetivo dessas datas comemorativas é propor a reflexão e o debate sobre os direitos e a luta pela inclusão das pessoas surdas na sociedade
No Brasil, a Lei nº 10.436/2.002 foi um marco importante para a comunidade surda brasileira, ao reconhecer a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão e determinar o apoio na sua difusão e uso pelo poder público. Os surdos constituem 3,2% da população, ou seja, aproximadamente 5,8 milhões de brasileiros.
Na comunicação por Libras é utilizada a ‘datilologia’ – um sistema de representação simbólica das letras do alfabeto, soletradas com as mãos. Nessa linguagem existem sinais para quase todas as palavras conhecidas. Para a execução dos sinais, usa-se o movimento das mãos, além das expressões facial e corporal, quando necessário.
A língua de sinais não é universal, sendo diferente de um país para outro e muitas vezes de uma cidade para outra, pois sofre variações de acordo com as peculiaridades regionais.
Surdez é o nome dado à impossibilidade ou dificuldade de ouvir. A audição é constituída por um sistema de canais que conduz o som até o ouvido interno, onde essas ondas são transformadas em estímulos elétricos e enviadas ao cérebro, órgão responsável pelo reconhecimento daquilo que se ouve.
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Causas:
- A surdez de condução é provocada pelo acúmulo de cera de ouvido, infecções (otite) ou imobilização de um ou mais ossos do ouvido. O tratamento é feito com medicamentos ou cirurgias;
- A surdez de cóclea ou nervo auditivo é desencadeada por: viroses, meningites, uso de certos medicamentos ou drogas, propensão genética, exposição ao ruído de alta intensidade, presbiacusia (provocada pela idade), traumas na cabeça, defeitos congênitos, alergias, problemas metabólicos, tumores. O tratamento, de acordo com cada caso, é feito com medicamentos, cirurgias, uso de aparelho.
Outros fatores que podem provocar surdez:
- Casos de surdez na família;
- Nascimento prematuro;
- Baixo peso ao nascer;
- Uso de antibióticos tóxicos ao ouvido e de diuréticos no berçário;
- Infecções congênitas, principalmente, sífilis, toxoplasmose e rubéola.
Tipos de Surdez
Ligeira:
A palavra é ouvida, contudo, certos elementos fonéticos escapam ao indivíduo. Este tipo de surdez não provoca atrasos na aquisição da linguagem, porém há dificuldades em ouvir uma conversa normal.
Média:
- A palavra só é ouvida a uma intensidade muito forte;
- Dificuldades na aquisição da linguagem;
- Perturbação da articulação das palavras e da linguagem;
- Dificuldades em falar ao telefone;
- Necessidade de leitura labial para a compreensão do que é dito.
Severa:
- A palavra em tom normal não é percebida;
- É necessário gritar para ter sensação auditiva;
- Perturbações na voz e na fonética da palavra;
- Intensa necessidade de leitura labial.
Profunda:
- Nenhuma sensação auditiva;
- Perturbações intensas na fala;
- Dificuldades intensas na aquisição da linguagem oral;
- Adquire facilmente a língua gestual.
Cofose:
Surdez completa; ausência total da capacidade de perceber sons.
Prevenção da surdez:
- Nas gestantes, doenças como sífilis, rubéola e toxoplasmose podem provocar a surdez nas crianças. Por isso, faz-se necessária a orientação médica pré-natal. Mulheres devem tomar a vacina contra a rubéola antes da adolescência, para que durante a gravidez estejam protegidas;
- Teste da orelhinha: exame feito nos recém-nascidos permite verificar a presença de anormalidades auditivas;
- Cuidado com objetos pontiagudos, como canetas e grampos, pois se introduzidos nos ouvidos, podem causar sérias lesões;
- Atraso no desenvolvimento da fala das crianças pode indicar problemas auditivos, sendo motivo para uma consulta com um médico especialista;
- Uso de equipamentos de proteção para trabalhadores expostos aos riscos ocupacionais provocados pelo ruído;
- Acompanhamento da saúde auditiva dos trabalhadores, por parte das empresas, visando eliminar ou reduzir o ruído no ambiente de trabalho.
Fonte: Ministério da Saúde