Sexóloga diz que infidelidade feminina se expandiu e está perto “de se equiparar à masculina”
Não existe mais a explícita diferença entre a infidelidade masculina e a feminina. A prática da traição, recentemente quase exclusividade do homem, “tem hoje percentual perto de ser dividido entre homens e mulheres”. A declaração é da sexóloga e terapeuta sexual, Tamara Wall Zanotelli, feita durante o programa Marco Zero, da Rádio Cidade FM, de Chapecó.
A infidelidade feminina aumentou nos últimos anos motivada por vários fatores. Na maioria “são aspectos mais consistentes que os masculinos”. Entre eles está “a mudança comportamental das pessoas”. No entanto, a principal razão “é o empoderamento da mulher”. Tamara ilustra que a mulher não é mais submissa “a ordens e atitudes comuns até um passado recente”. Lembra que a mulher ocupa espaços em todos os setores e conquistou sua emancipação. “Ela não admite mais a subjugada vida que mantinha”.
A sexóloga revela que a mulher contemporânea se permite “viver certas experiências não imaginadas até pouco tempo”, para buscar “o que lhe faz bem”. Nesta conduta inclui-se a prevaricação, exercida pela mulher “sem alardes”, por isso com mais qualidade, “decorrência do anonimato”. A realidade deste tempo “interfere determinantemente na vida dos casais”. Sem citar números, Tamara mostra que o volume de separações se elevou consideravelmente porque entre os casados “há apenas a passageira paixão, não o duradouro amor”.
O homem “aderiu”
Não se trata de folclore a “dor de cabeça” alegada pela esposa para rejeitar sexo. As razões para isso estão relacionadas “à preocupação do dia a dia, problemas no âmbito familiar e a perda de encanto de um pelo outro”. Diante destes fatores o casamento “passa a não ser mais atrativo” e a convivência “torna-se pesada”. Porém, a terapeuta sexual explica que a justificativa “não está mais restrita à mulher”. O argumento, “dor de cabeça”, também está sendo usado pelo homem, “mesmo com ele tendo dificuldades de admitir a desculpa”. Tamara enfatiza que a falta de relacionamento sexual entre os casais, um componente dos valores familiares, “é uma das principais causas da separação”.
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Movimento de bilhões
Outro tema comentado na ordem do dia do programa foi a prostituição que movimenta somas bilionárias em todo o mundo. A área, de impressionante expansão, tem nas redes sociais o mais relevante aliado. Tamara aponta que a prostituição é uma profissão devidamente regulamentada, “praticada em grande escala também pelo homem”. Em contra partida a sexóloga condenou com rigor a pornografia, prostituição e exploração sexual infantil “que, infelizmente, é uma terrível realidade”.
Na condição de educadora sexual, Tamara profere palestras em escolas, empresas e instituições. Nestes eventos trata sobre prevenção, respeito, auto cuidado, IST (Infecção Sexualmente Transmissível), consentimento, entre outros conteúdos direcionados à mulher do setor empresarial. Jovens e adolescentes iniciam a vida sexual “cada vez mais cedo” e isso significa maior número de IST’s, gravidez indesejada e outros títulos que provocam graves situações, como por exemplo, o feminicídio.
Fonte: JC Linhares Assessoria & Comunicação