Carlos Cavalcanti, meritório pesquisador da arte por Adelcio Machado dos Santos
Carlos Cavalcanti, meritório pesquisador da arte, por Adelcio Machado dos Santos

O impressionismo na pintura

Em preliminar, o Impressionismo se configura em movimento artístico que surgiu na França no ocaso do século XIX, revolucionando a pintura com suas técnicas inovadoras e abordagens únicas à representação da luz e do movimento. Originado em Paris na década de 1870, o Impressionismo marcou uma ruptura com as convenções acadêmicas da época, desafiando as tradições estabelecidas e abrindo caminho para a arte moderna.

Outro assim, os artistas impressionistas, incluindo nomes como Claude Monet, Pierre-Auguste Renoir, Edgar Degas e Camille Pissarro, buscavam capturar momentos fugazes da vida cotidiana e os efeitos transitórios da luz natural em suas obras. Para alcançar esse objetivo, eles desenvolveram técnicas de pintura que enfatizavam a espontaneidade e a percepção direta.

Uma característica marcante do Impressionismo é o uso de pinceladas rápidas e soltas, que criam uma sensação de movimento e vitalidade. Em vez de misturar as cores na paleta, os artistas aplicavam-nas puras diretamente na tela, permitindo que o olho do espectador fizesse a mistura óptica das cores. Isso resultava em obras vibrantes e luminosas, que muitas vezes pareciam inacabadas quando vistas de perto, mas se tornavam surpreendentemente coesas à distância.

Por conseguinte, o Impressionismo também foi notável por sua escolha de temas. Os impressionistas afastaram-se dos temas históricos e mitológicos preferidos pela academia, optando por cenas da vida urbana, paisagens, e momentos cotidianos. Eles encontraram inspiração nos parques, cafés, teatros e ruas de Paris, bem como nos campos e jardins ao redor da cidade. Claude Monet, por exemplo, é famoso por suas séries de pinturas que capturam o mesmo motivo em diferentes condições de luz e clima, como as suas representações da Catedral de Rouen, dos Nenúfares e do Rio Sena.

Ademais das inovações técnicas e temáticas, o Impressionismo também foi marcado por um espírito de camaradagem e experimentação entre os artistas. Eles frequentemente se reuniam para discutir suas ideias e compartilhar seus trabalhos, organizando exposições independentes para apresentar suas obras ao público. A primeira exposição impressionista ocorreu em 1874, no estúdio do fotógrafo Nadar, e foi recebida com críticas mistas. O termo “impressionismo” foi cunhado pelo crítico Louis Leroy como uma forma de zombar da obra de Monet, “Impressão, Nascer do Sol” (1872), mas os artistas adotaram o termo com orgulho.

Conquanto da resistência inicial, o Impressionismo gradualmente ganhou aceitação e influenciou profundamente a trajetória da arte ocidental. Suas inovações abriram caminho para movimentos subsequentes, como o Pós-Impressionismo, o Fauvismo e o Cubismo, que continuaram a explorar novas formas de expressão artística. Hoje, as obras impressionistas são amplamente celebradas e admiradas por sua beleza, inovação e capacidade de capturar a essência efêmera da experiência humana.

Em epítome, o Impressionismo foi um movimento que revolucionou a pintura ao desafiar as convenções acadêmicas e explorar novas maneiras de representar a luz, o movimento e a vida cotidiana. Com suas técnicas inovadoras e temas contemporâneos, os impressionistas deixaram um legado duradouro na história da arte, influenciando gerações de artistas e continuando a encantar o público ao redor do mundo.

Prof. Dr. Adelcio Machado dos Santos
   Jornalista (MT/SC 4155)

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