José Zeferino Pedrozo - Presidente FAESC e Senar /Foto: Assessoria de Imprensa
José Zeferino Pedrozo - Presidente FAESC e Senar /Foto: Assessoria de Imprensa

Habitação rural

A carência de moradias constitui-se em um dos mais graves problemas sociais das zonas rurais

Boas condições de moradia são fatores essenciais de qualidade de vida. Por isso, melhorar as condições de habitação das famílias rurais de baixa e média renda é uma das exigências contemporâneas da sociedade rural. Além do conforto e segurança, essa condição ajuda a neutralizar o êxodo rural que ainda prejudica Santa Catarina e esvazia extensas regiões agrícolas.

Uma das políticas sociais mais emblemáticas é a habitacional. O governo central, durante muitos anos, fez dos programas habitacionais o grande instrumento de controle social com o qual atendia amplos setores do operariado e da classe média. As classes produtoras rurais, entretanto, nunca foram aquinhoadas com generosos programas habitacionais, embora sempre fossem notórias as deficientes condições de moradia de pequenos e médios produtores, bem como as dos trabalhadores assalariados em geral.

As peculiaridades e a estrutura das explorações rurais exigem, obviamente, um programa habitacional concebido e implementado de maneira diferenciada, seja na sua gestão (envolvendo cooperativas habitacionais), nos materiais utilizados (com matérias-primas existentes na região), nas formas de execução (mutirões e outras ações solidárias) e na forma de resgate do financiamento (sincronizado com o regime de safras).

A carência de moradias constitui-se em um dos mais graves problemas sociais das zonas rurais. Em face da elevada carência de casas, torna-se imperioso um reordenamento dos mecanismos de financiamento imobiliário, capaz de criar novas bases para a construção de unidades habitacionais. A amplitude e a dimensão do problema habitacional é preocupante nas zonas rurais, onde a precariedade da estrutura de moradias é fator agravante da pobreza e fomentador do êxodo rural.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) defende a ampliação e o fortalecimento do programa nacional de habitação rural criado pelo Governo Federal no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida em 2009. A finalidade é proporcionar ao agricultor familiar, ao trabalhador rural e às comunidades tradicionais o acesso à moradia no campo, construindo uma nova casa, reformando ou ampliando. As três modalidades de investimentos – ampliação, reforma ou construção – poderão ser executadas em terreno de propriedade do beneficiário, terreno doado ou terreno de propriedade de terceiros ocupado há mais de cinco anos, sujeito à usucapião.

Esse é um pequeno passo em direção à solução de um problema crônico. Durante muitas décadas, a única reivindicação dos produtores rurais realmente atendida pela Administração pública foi a construção de estradas para escoamento da produção agrícola e pecuária. As demais – postos de saúde, escolas, telefonia rural, etc. – eram ignoradas, embora todas sejam essenciais para assegurar qualidade de vida às zonas rurais. Grande conhecedora da realidade rural, a ministra Tereza Cristina, da Agricultura Pecuária e Abastecimento, sinalizou que vai priorizar essa área de forma articulada com a Caixa Econômica Federal e o Ministério das Cidades. Uma boa notícia, sem dúvidas.

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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