O Casarão Domit da Fazenda São Jorge, também conhecido por “Casarão Amarelo” está localizado no planalto norte catarinense na cidade da Irineópolis, e tem quase 100 anos, é o único museu totalmente construído em madeira, sem ter nenhuma intervenção em concreto ou tijolos em sua estrutura, em todo o Brasil, estas informações incluindo o tombamento histórico pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), na data de 10 de outubro de 1998, sob o processo de nº 084/98.[1][2] e mais recentemente pelo IPHAN, chamaram a atenção dos diretores do Jornal e da TV Bom Dia SC.
Pesquisando a história do museu, através de reportagens divulgadas ao longo dos anos, e da pauta elaborada pelo jornalista, Lúcio Colombo, que reside na cidade onde está localizado o Casarão, a equipe de reportagem do Grupo Bom Dia SC entrou em contato com o engenheiro, Roberto Domit de Oliveira (curador do Casarão Domit) e marcaram a visita ao museu, que aconteceu em maio deste ano, com a visita foi produzido um documentário sobre esta rica história.
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A História
O Casarão da Fazenda São Jorge, também conhecido como “Casarão Amarelo” Domit, é um casarão histórico, construído entre os anos de 1926 e 1928, pelo Coronel libanês Joaquim Domit.
Os objetos presentes dentro do Casarão, bem como a própria arquitetura construtiva, servem de referência para o estudo sobre hábitos, costumes, tendências, modas e posturas de uma sociedade de prestígio nesse período. É possível observar os modos de vida e o cotidiano de uma família e sua postura social neste período. É um espaço de memória que permite essas observações no próprio local.
O proprietário do Casarão, Dr. Robert Domit de Oliveira, conserva o local e por isso a memória é preservada. Domit é descendente do Coronel que construiu a casa, é filho de Georgete – filha única do Coronel Domit. Ele veio para a região nomeado pelo Governador do Estado de Santa Catarina, Hercílio Luz. Suas terras faziam divisa com a Indústria Lumber de Três Barras. Roberto conta a história oralmente no vídeo produzido pela TV Bom Dia SC e conta detalhes históricos e peculiares ligados às ações cotidianas de seu avô.
A casa é mantida com o mobiliário original e fica na localidade de Irineópolis, antiga Vallões, na fazenda São Jorge, cerca de 2,5 km da sede urbana do município e à 4km do Rio Iguaçu com acesso pela Rodovia SC- 460 km. Coronel Domit foi Delegado de Divisas e veio para cuidar dos limites entre Paraná e Santa Catarina e apaziguar os ânimos do Contestado. Ele foi morar, em seu casarão, em 15 de agosto de 1928, depois de casar-se com Sofia.
A visita ao “Casarão Amarelo” nos permite a ampliação do conhecimento, onde observamos a forma de proteção e preservação do museu. Torna possível analisar objetos, documentos, a arquitetura e o patrimônio natural que estão englobados no contexto do casarão. Com isso, conseguimos entender costumes e hábitos da época. Compreender a postura dessa sociedade, em meio ao contexto social que o abrange. Até a forma peculiar e expansiva da construção, com seus inúmeros cômodos, paredes altas e detalhes construtivos que demonstram o poder aquisitivo e o potencial da família Domit.
A Arquitetura
A edificação foi construída em dois pavimentos com pé-direito de 4,5m. A estrutura da casa foi construída em madeira pinho fornecida pela serraria que existia na fazenda na época. O piso foi construído, em madeira, no tipo encaixe macho-fêmea. O telhado de duas águas foi coberto com telhas tipo francesas.
O Museu
O Museu Casarão da Fazenda Domit é aberto ao público, com visita previamente agendada e entrada gratuita. O acervo do museu possui peças originais da década de 1920, que conta a história e costumes de uma família aristocrata da época. O museu está localizado na Rodovia SC 460 – km 04 em Irineópolis/SC.
As visitas podem ser agendadas através do telefone (42) 99975-1409 ou pelo e-mail: marilia.metz@gmail.com
Coluna: Maely Silva – Jornalista
Presidente da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – ABRAJET-SC
Diretora da Marketing da AFEET – Associação Federativa de Executivas de Empresas de Turismo)
As fotos que ilustram a matéria são de autoria do fotojornalista Carlos Alves – Associado da ABRAJET-SC