Dia da Mulher Advogada (15/12)

Em 15 de dezembro comemoramos o dia da mulher advogada. Não é apenas sobre parabenizar as advogadas que militam bravamente, mas também sobre lançar luz nas dificuldades que apenas elas enfrentam.

São dificuldades inerentes ao ser mulher no mundo em que vivemos: o machismo, a imposição de padrões de beleza, a maternidade, a desqualificação intelectual, a ausência de divisão do trabalho doméstico. Tudo isso está presente na vida da advogada, que precisa equalizar todas essas variáveis com o desenvolvimento da sua carreira.

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Nas últimas décadas, muitos avanços foram conquistados. Se há 120 sequer existiam advogadas, hoje já temos garantidos alguns direitos, como suspensão de prazos por 30 dias após o parto, quotas de gênero para composição de cargos na OAB, prioridade de atendimento para gestantes e lactantes, dentre outras conquistas.

Mas pode-se dizer que o maior ganho reside na visibilidade que os direitos das mulheres têm ganhado dentro da OAB, e consequentemente na sociedade como um todo. As Comissões da mulher advogadas estão se tornando verdadeiros espaços de diálogo e construção de uma OAB que represente também a metade feminina da advocacia.

Os problemas ainda são muitos, estamos muito distantes de viver em um contexto em que as advogadas recebam o tratamento digno e igual ao dispensado aos advogados.

A pandemia de corona vírus, que assolou o mundo neste ano de 2020, fez sangrar as feridas causadas pela divisão injusta das tarefas domésticas e dos cuidados com os filhos, escancarando a desproporção de trabalho imposto às mulheres.

Portanto, há muito para ser feito, mas se os desafios são grandes, a vontade de buscar por uma verdadeira igualdade de oportunidades é ainda maior. Por isso, este 15 de dezembro não é apenas uma data, é um lembrete de que precisamos e vamos seguir avançando.

Fonte: Comissão da Mulher Advogada